Ministério Público espanhol investiga insultos racistas contra torcedora do Real Madrid
Na semana passada, o clube madrilenho convidou a torcedora e sua família para assistirem à partida da equipe contra o Las Palmas
O Ministério Público espanhol anunciou nesta segunda-feira (2) que está investigando os supostos insultos racistas proferido por torcedores do Atlético de Madrid a uma torcedora merengue que vestia uma camisa do atacante brasileiro Vinícius Júnior.
"Após uma denúncia da La Liga, o Ministério Público de Madri iniciou um processo de investigação por possível crime de ódio depois que uma menina e uma mulher foram insultadas por torcedores do Atlético de Madrid", afirmou o MP à AFP.
Os fatos ocorreram antes do clássico contra o Atlético de Madrid, no dia 24 de setembro, quando a garotinha, que vestia uma camisa de Vini Jr., e sua tia foram vítimas de insultos racistas proferidos por torcedores ultra do 'Atleti', antes de entrarem no estádio Metropolitano.
A mulher contou que sua sobrinha foi agredida porque vestia uma camisa do atacante brasileiro, que na temporada passada se tornou um símbolo da luta contra o racismo no futebol, após sofrer repetidos insultos racistas em estádios espanhóis.
Em maio, quatro pessoas foram presas como supostas responsáveis por um crime de ódio em que um boneco com a camisa de Vini Jr. foi pendurado em uma ponte de Madri, em janeiro, após a vitória do Real Madrid sobre o Atlético nas quartas de final da Copa do Rei. Três detidos eram torcedores ultra do Atlético de Madrid.
Na semana passada, o clube madrilenho convidou a torcedora e sua família para assistirem à partida da equipe contra o Las Palmas. Jogadores como Rodrygo, Éder Militão, Vini Jr. e Nacho, além do presidente Florentino Pérez, posaram para fotos com a menina, a quem presentearam com uma camisa dos merengues.