petróleo

Petrobras obtém aval para pesquisar bloco de petróleo do Rio Grande do Norte na Margem Equatorial

Perfuração deve começar no próximo mês, informa ministro, que acredita que estudos na região poderão facilitar pesquisas sobre Foz do Amazonas

Praia na Margem Equatorial: área promissora para exploração de petróleo - Reprodução/Google Maps

A Petrobras recebeu permissão para pesquisar poços de petróleo na Margem Equatorial, mas no Rio Grande do Norte, área na qual já atua. É uma área promissora de produção, na qual a estatal busca obter licenças também para explorar a Foz do Amazonas - trecho ambientalmente sensível e para o qual o Ibama resiste em liberar as pesquisas da estatal.

Segundo o ministério de Minas e Energia, o Ibama concedeu licença ambiental para pesquisar a Bacia Potiguar, uma das cinco regiões da Margem Equatorial. A Petrobras começará a perfurar a área no próximo mês, após a chegada de uma sonda ao local, informou a empresa por e-mail.

O plano é fazer um levantamento da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo feita em 2013 no poço Pitu. Não há produção de petróleo nesta fase.

A petrolífera estatal espera receber nesta segunda-feira a notificação oficial do Ibama para perfurar dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, em águas profundas da Bacia Potiguar. O primeiro será perfurado a 52 quilômetros da costa. A empresa passou por uma simulação de resposta a um possível derramamento de óleo no início deste mês.

A Petrobras vê a Margem Equatorial como uma das últimas oportunidades promissoras de exploração de petróleo no Brasil. A empresa aposta que a região poderá deter reservas semelhantes às descobertas multibilionárias que a Exxon Mobil está desenvolvendo ao norte da Guiana.

No início deste ano, o Ibama bloqueou os planos da empresa de começar a perfurar o bloco FZA-M-59 na região rica em petróleo na bacia da Foz do Amazonas devido a preocupações sociais e ambientais. A Petrobras decidiu então solicitar licença para perfurar na Bacia Potiguar como alternativa, enquanto aguarda a análise pela autoridade ambiental.

Após a aprovação para pesquisa na Bacia Potiguar, os técnicos poderão avançar nos estudos das condições necessárias para a pesquisa na Bacia da Foz do Amazonas, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Estudos da Petrobras sinalizam que o bloco FZA-M-59 pode ter potencial de 5,6 bilhões de barris de petróleo, segundo ele.

O presidente da Petrobras, Jean Paul-Prates, afirmou em sua conta numa rede social nesta segunda-feira que a Margem Equatorial “representa um potencial de investimentos de US$ 21 bilhões na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais nos próximos cinco anos”.

“Se bem administrados, os recursos garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem-estar dos povos da Amazônia”, postou.

Prates acrescentou que “o êxito na simulação técnica e operacional deixa a Petrobras otimista quanto à obtenção da licença para perfurar Pitu Oeste na próxima semana” e prosseguir com a finalização do processo de licenciamento no Amapá.