Ginástica feminina do Brasil garante vaga em Paris-2024
Seleção terminou em quarto lugar na classificação geral, atrás apenas dos EUA, Grã-Bretanha e China
A seleção brasileira feminina de ginástica artística, formada por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira, está garantida em Paris-2024.
O Brasil conquistou a vaga ao terminar em quarto lugar no Mundial da Antuérpia, nesta segunda-feira. A final por equipes será disputada na quarta-feira, a partir das 14h15 (horário de Brasília). Já o masculino, não conquistou vaga olímpica por equipe e levará para Franca no máximo três ginastas.
No ano passado, a seleção feminina foi a quarta colocada. Assim, a seleção feminina terá um time completo, com cinco ginastas na França. Na última edição de Jogos Olímpicos, em Tóquio, o feminino não foi como equipe, apenas com Rebeca e Flávia.
Com 164.297, o Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos (171.395), da Grã-Bretanha (166.130) e da China (165.663). As americanas, com o reforço de Simone Biles, liderou quase todas as disputas de todos os aparelhos, com exceção das barras assimétricas, liderada pela China.
Além disso, Rebeca, que comandou o Brasil nesta competição e apresentou sua nova coreografia no solo, disputará quatro finais por aparelhos (no Mundial de 2022, em Liverpool, foram cinco). Ela defenderá o título do individual geral. Somente as oito melhores ginastas em cada aparelho avançam para a disputa do título de cada especialidade.
Rebeca terminou em quarto no individual geral (Biles foi a primeira), segundo no salto (Biles foi a primeira e de quebra ainda batizou um elemento com seu nome, Biles II), em terceiro no solo (Biles foi a primeira), em oitavo na trave (Biles foi a primeira) e em 15º nas barras assimétricas (a chinesa Qiyuan Qiu foi a primeira). Assim, avança às finais do individual geral, salto, solo e trave.
Flávia Saraiva, quarta no solo e sexto no individual geral, também disputará estas finais.
— Estou muito satisfeita com o que a gente fez. Não deixamos a peteca cair mesmo quando chegamos às paralelas. Deu tudo certo. Estou bem orgulhosa. Confesso que, quando fiz minha série na paralela, não fiquei 100% satisfeita, mesmo sendo meu aparelho favorito. Mas o que me deixa mais orgulhosa é que não desisti. Podia ter descido da paralela e pensado em um monte de coisas, mas não. Lutei pra chegar até o final porque nosso objetivo aqui era a vaga para Paris — disse Rebeca, referendo-se ao pior desempenho das brasileiras em um aparelho.
Masculino
Já o masculino, no domingo, terminou em 13º lugar e não conseguiu classificar a equipe para Paris-2024. Mas adquiriu o direito de levar um atleta (a ser convocado pela CBGin). Além disso, Diogo Soares conquistou sua vaga no individual geral. O Brasil masculino poderá ter mais um atleta nos Jogos do ano que vem: Arthur Nory disputa a final da barra fixa.
Diogo Soares acabou na 26ª posição do individual geral. Como há um limite de duas vagas por país nas finais, ele herdou o 24º e último posto para a decisão do Mundial. Já Nory, foi o nono colocado da barra fixa, aparelho em que foi bronze no último Mundial e campeão em 2019.
Ele também foi beneficiado pelo limite de duas vagas por país nas finais e ficou com o último posto na decisão da barra fixa. Ele brigará por medalha no próximo domingo, ele pode se classificar para as Olimpíadas se terminar à frente de Tin Srbic, único entre os finalistas ainda não garantidos nos Jogos assim como Nory. O croata é o atual vice-campeão olímpico e tem duas medalhas em Mundiais na barra fixa.