Prefeito João Campos anuncia construção de ponte que vai interligar bairros de Areias e Imbiribeira
Ponte Júlia Santiago, que vai se estender sobre Rio Tejipió, homenageia primeira vereadora do Recife
Uma obra esperada e necessária para agilizar o tráfego da população foi anunciada nesta terça-feira (3) e deverá começar imediatamente.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), divulgou o início das construções da Ponte Júlia Santiago, que vai cruzar o Rio Tejipió, ligando os bairros de Areias e Imbiribeira, nas zonas Oeste e Sul da capital, respectivamente.
Ao todo, R$ 91 milhões serão investidos, e a obra deve ser entregue à população em até 36 meses.
A intervenção beneficiará motoristas, ciclistas, pedestres e usuários do transporte público, numa extensão total de 2,3 quilômetros, incluindo a construção da ponte com 335 metros de comprimento e o alargamento das avenidas Tapajós e Engenheiro Alves de Souza, entre outras melhorias. A ponte possuirá quatro faixas de rolamento, duas faixas de passeio e ciclofaixa.
A primeira etapa é a instalação dos canteiros de obras, sendo o principal localizado no bairro de Areias. Em seguida, será feito o aterro para a colocação dos 21 mil metros de estacas das fundações e, na sequência, a cravação das estacas, fundação, colocação das vigas e lajes de concreto.
Após a conclusão da ponte, com a colocação dos encontros e rampas, será realizada a urbanização das vias.
Ela vai agilizar também o fluxo entre duas avenidas importantes como Recife e Mascarenhas de Moraes, promete ser a maior já construída na capital pernambucana nos últimos 40 anos. Segundo João Campos, a redução do trajeto entre um bairro e outro vai ser de, pelo menos, 40%.
"Isso representa que quem faz um percurso, por exemplo, em 10 minutos, vai poder fazer em torno de cinco a seis. Isso é uma redução muito importante, se você passa uma hora, você faz perto de 30 minutos. Para situar, quem vem pela avenida Recife, na altura do Conjunto Ignês e Andreazza, que é aquele conjunto habitacional bem grande, vai poder entrar na avenida Tapajós e vai sair perto da Lagoa do Araçá, na Mascarenha de Moraes", explicou o gestor municipal.
Confira o esquema abaixo
A obra será executada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e contemplará também implantação de ciclofaixa bidirecional, novos abrigos de ônibus, embutimento da rede de telecomunicações, melhoria na rede de drenagem e na iluminação pública, além da requalificação do pavimento.
A construção também gera emprego. Ainda de acordo com Campos, pelo menos 300 oportunidades diretas de trabalho vão ser geradas com o serviço.
"Isso representa renda para todas essas famílias, e a gente prioriza sempre a contratação local. Pessoas do Recife, pessoas aqui do entorno da obra que vão ver a tudo acontecer muito de perto e que podem ajudar também trabalhando", salientou.
A ponte será a segunda no Recife com nome de mulher. Até então, a única é a Princesa Isabel, que fica sobre o Rio Capibaribe, ligando a rua do Sol à rua da Aurora, no trecho entre a Praça da República e a rua Princesa Isabel, unindo os bairros de Santo Antônio e da Boa Vista, no centro da capital pernambucana. Ela foi inaugurada em 1863.
"Júlia foi a primeira vereadora do Recife, uma mulher que resistiu e lutou contra a ditadura, pela democracia e pelos direitos das mulheres. É muito justo uma cidade poder homenagear uma mulher numa obra dessa dimensão. Com certeza, vai honrar a história dela, e que ela seja sempre uma referência para as futuras gerações, para lembrar a importância da luta democrática", finalizou João Campos.
Reformas de outras pontes
Além da construção de novas estruturas, como, por exemplo, a ponte Iputinga-Monteiro, a Prefeitura do Recife também trabalha na recuperação e manutenção de pontes, pontilhões e passarelas da cidade, com o objetivo de garantir a segurança de quem faz uso desses equipamentos, muitos deles já conhecidos cartões postais da capital do Estado. Já foi entregue a recuperação estrutural das pontes da Torre, do Derby e Motocolombó.
No momento, a gestão municipal trabalha na requalificação da Ponte 12 de Setembro, mais conhecida como Ponte Giratória, e da Ponte Princesa Isabel.
As intervenções fazem parte do programa de recuperação e conservação de pontes da cidade que também já beneficiou com ações nas juntas de dilatação dos viadutos Joana Bezerra, Via Mangue e avenida Norte.
Os serviços periódicos de manutenção das pontes abrangem a pintura das estruturas, pequenos consertos nos elementos mais visíveis como guarda-corpo, vigas de bordo, iluminação e passeios, por exemplo. Estas ações também funcionam como uma camada de impermeabilização para o concreto, além de eliminar as pichações existentes nas estruturas.