Golpes via Pix: Banco Central pode tornar obrigatório um canal de denúncia nos aplicativos de bancos

A funcionalidade busca agilizar as denúncias de suspeitas de irregularidades

Pix - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central está elaborando uma proposta para que os aplicativos de bancos e outras instituições financeiras, inseridas no sistema Pix, tenham um canal de denúncia para suspeitas de golpes e fraudes. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira.

O BC vai apresentar uma proposta de “experiência do usuário” nos aplicativos, que deve ser submetida ainda neste ano para consulta das instituições financeiras. No primeiro momento, a ideia é que seja uma recomendação, podendo "no futuro" se tornar obrigatório, diz o BC.

Essa funcionalidade foi sugerida por técnicos da instituição, no chamado Grupo Estratégico de Segurança (GE-Seg).

Em nota, o Banco Central diz que a mudança busca agilizar as denúncias de suspeitas de irregularidades. O BC ressalta que algumas instituições já possuem essa funcionalidade, nos aplicativos, e a meta é ampliar e padronizar esse meio de denúncia.

Na prática, seria uma alternativa para as centrais de atendimento telefônico.

Pix Automático
Nesta quarta-feira, o Banco Central também divulgou o cronograma definitivo do chamado Pix Automático - nova funcionalidade do sistema de pagamento e transferência instantânea.

A ideia central é que os usuários tenham a opção de realizar pagamentos recorrentes de forma automática.

"O usuário pagador dará uma autorização prévia, de forma que os pagamentos serão debitados automaticamente, sem a necessidade de autenticações específicas a cada transação, trazendo mais praticidade e conveniência para os usuários do Pix como", diz o BC, em nota. Alguns exemplos de pagamento:

Serviços públicos (como água, energia e telefone);
  Assinatura de serviços (como internet, streaming, clubes e portais de notícias etc.);
  Pagamento de mensalidades (como escola, academia, condomínio e plano de saúde);
  Serviços financeiros (como parcelamento de seguro, de empréstimo e de consórcio).

A estimativa inicial de lançamento era em abril de 2024. Agora, o Banco Central está prevendo que a divulgação de todo o “arcabouço regulatório” dessa funcionalidade ocorra em dezembro deste ano e o lançamento em outubro de 2024.