Defensivos agrícolas

Agrofield volta ao mercado do agro apostando também nos bioinsumos

Nesta nova fase, a distribuidora conta com a parceria de duas empresas: a Tecnomyl e a SoluBio

O diretor da Agrofield, José Mauro Chaves (quinto da esquerda para a direita)), ladeado pelos executivos da Tecnomyl e da SoluBio - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A distribuidora de defensivos agrícolas Agrofield, que está voltando ao mercado depois de um recesso de cinco anos, reuniu, na noite de ontem, no Recife, representantes do setor sucroenergético local para anunciar a volta de suas atividades. De acordo com o diretor da empresa, José Mauro Chaves, a Agrofield retorna com pelo duas novidades: distribuição de defensivos não só químicos como também biológicos e a ampliação da distribuição ao mercado de hortifrúti.

“A Agrofield foi fundada em 2004, mas demos uma pausa que se fez necessária. Além dos defensivos químicos, também passaremos a investir na venda dos biológicos, que podem substituir muitos químicos, não agridem à natureza e enriquecem o solo”, lembrou Chaves. Quanto à entrada no setor de hortifrúti, o diretor da Agrofield disse que resolveu explorá-lo comercialmente ser um mercado que vem crescendo muito nos últimos anos.

“Em Pernambuco, por exemplo, o hortifrúti vem se expandido muito, sobretudo no Agreste, com cebola, abacaxi, tomate. Vamos entrar com os biológicos para esse mercado, que ainda faz pouco uso, mas promissor no que diz respeito a esse tipo de defensivo. Vamos ter que fazer investimentos iniciais, porque os agricultores ainda têm certa resistência. Para esse mercado, acho que só começaremos a ter retorno dentro de um a dois anos”, acrescentou o diretor. 

Parceria inédita
Nesta nova fase, a distribuidora conta com a parceria de duas empresas. A primeira é a Tecnomyl, uma das três maiores do mercado latino-americano na formulação e comercialização de defensivos agrícolas, que fornecerá cerca de 20 defensivos agrícolas químicos para serem distribuídos. No caso da Tecnomyl, todos os produtos são on demand (oferecidos sob demanda, de forma que podem ser consumidos de acordo com o interesse, na hora que quiser e onde achar melhor pelo comprador).

José Mauro: "Demos uma pausa que se fez necessária"                       Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

A Tecnomyl, por ser uma empresa de produtos pós-patente, segundo Chaves, faz com os preços caiam, o que favorece uma maior penetração no mercado da Agrofield. “Estamos trabalhando com ela pela qualidade dos produtos e pelos investimentos que faz no setor de agro do Brasil”, explicou José Mauro Chaves.

A outra parceira é a SoluBio, fábrica de bioinsumos que desenvolve tecnologia integrada com padrão industrial e fornece todos os equipamentos, insumos, controle de qualidade, treinamentos e assistência técnica para seus clientes poderem produzir o próprio bioinsumo na fazenda. 

A SoluBio tem em seu portfólio 12 produtos on demand e outros 25 on farm, ou seja, comercialização realizada por meio de laboratórios específicos para cada produtor de acordo com seus objetivos ou tipos de cultivo, substituindo agrotóxicos por bioinsumos.

“A SoluBio vem trabalhando muito fortemente com produtos biológicos no segmento de soja, mas o setor de cana-de-açúcar aqui no Nordeste ainda é inexpressivo. Só algumas usinas vêm aderindo. A gente agora vai fazer um investimento para incentivá-las a criar seus produtos dentro das próprias unidades”, afirmou o diretor da Agrofield.