ESTADOS UNIDOS

Caracóis mortais para humanos invadem a Carolina do Norte, nos EUA, e autoridades lançam alerta

Espécie invasora, chamada caracol maçã, nativo da América do Sul, foi avistada ao longo do rio Lumber, na região centro-sul do estado

Caracol maçã observado na Carolina do Norte - Reprodução/North Carolina Wildlife Resources Comission

Uma espécie de caracóis nativa da América do Sul invadiu as margens do rio Lumber, localizado na Carolina do Norte, estado dos EUA. A Comissão de Recursos da Vida Selvagem da Carolina do Norte (NCWRC) lançou um alerta para os moradores sobre a presença dos caracóis maçã, conhecidos por seus efeitos devastadores para a fauna e fatais para humanos.

O caracol maçã carrega consigo um parasita, chamado de Angiostrongylus cantonensis, também presente nos ratos, que pode infectar o cérebro, causando meningite e podendo levar à morte. No Brasil, a doença foi identificada pela primeira vez no ano de 2006. Especialistas recomendam que ao notar os animais, eles devem ser esmagados sem qualquer contato direto com a pele ou congelados da mesma maneira.

Não é recomendando o manuseio deles ou de seus ovos (que apresentam uma cor rosada), pois apresentam toxinas que podem causar lesões cutâneas e oculares.

As autoridades também pediram aos residentes que se virem um caracol-maçã ou uma massa de ovos rosados, o primeiro passo é fotografar e registrar o local em um envio à Ferramenta de Relatório de Espécies Incômodas Aquáticas do órgão.

Outros locais ao redor do mundo já sofreram com a invasão desta espécie, como a Europa, a Ásia e na América do Norte, em outros estados dos EUA. Segundo o Conselho de Espécies Invasoras do Havaí, responsável por lidar com a invasão dos animais no Pacífico, eles já foram responsáveis por uma “perda de 100% das colheitas” em campos de arroz nas Filipinas.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA lançam luz à um alerta para o possível contágio com esquistossomose, conhecida no Brasil como "barriga d'água" pode apresentar sintomas por anos se não for tratada adequadamente.