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Polícia peruana captura 32 supostos membros da quadrilha Trem de Aragua

A polícia apresentou os detidos, alguns vestidos com macacões vermelhos para indicar sua periculosidade

A polícia peruana capturou, nesta quinta-feira (5), o suposto líder e 31 outros membros de uma facção da organização criminosa - Cris Bouroncle/AFP

A polícia peruana capturou, nesta quinta-feira (5), o suposto líder e 31 outros membros de uma facção da organização criminosa conhecida como Trem de Aragua, que semeia o terror em vários países sul-americanos, com homicídios e extorsões, segundo as autoridades.

A operação contra esta que é considerada a quadrilha mais perigosa que atua no Peru foi realizada em várias regiões do país. Oitenta mulheres que foram exploradas sexualmente em Lima pelo grupo foram resgatadas, entre elas várias venezuelanas.

Este é “um golpe contundente no crime organizado”, informou, em nota, o Ministério do Interior. Segundo as autoridades, a ação policial permitiu desarticular “uma facção” do Trem de Aragua, conhecida como Dinastia Alayón.

Entre os detidos está o venezuelano Yomar Delgado, conhecido pelo codinome Nino, suspeito de chefiar uma facção e que foi capturado em Lima junto com sua companheira.

A polícia apresentou os detidos, alguns vestidos com macacões vermelhos para indicar sua periculosidade.

Delgado tentou fugir tirando-se de uma casa vizinha ao local da operação, e ficou ferido, segundo a polícia.

“O Trem de Aragua tem aqui o que se conhece como linhas. Esta é uma linha ou dinastia, que se chama Alayón, chefiada por Nino”, explicou o promotor Jorge Chávez, durante uma entrevista coletiva.

A organização criminosa foi formada em 2014 no estado venezuelano de Aragua e se envolveu em oito países sul-americanos, com atuação em Brasil, Colômbia, Peru e Chile, entre outros, segundas informações de inteligência.

Entre suas atividades está o tráfico de pessoas, homicídios, sequestros, roubos, tráfico de drogas e extorsão.

Recentemente, o governo da Venezuela garantiu ter retomado o controle de um presídio que estava nas mãos do Trem de Aragua e que a organização trabalhava em suas operações.

O líder da quadrilha máxima, conhecido como 'El Niño' [O menino] Guerrero, conseguiu escapar do cerco das autoridades.

Diante de sua possível fuga para o Peru, as autoridades reforçaram os controles migratórios e ofereceram uma recompensa de cerca de 132.000 dólares (R$ 682.000, na cotação atual) por informações que levaram à sua captura.