Homenagem

Sâmia Bomfim faz post com foto inédita dos médicos Diego, Perseu e Daniel, baleados na Barra

Grupo estava em um quiosque na Barra da Tijuca quando foram alvos de criminosos. Daniel Sonnewend Proença foi o único sobrevivente

Na foto, aparecem Diego (irmão de Sâmia), Perseu e Daniel - Reprodução/Instagram

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) publicou, neste domingo, diversas fotos em homenagem ao irmão Diego Bomfim, uma das vítimas do ataque a tiros num quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O ortopedista de 35 anos chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos. Em uma das fotos, Diego aparece ao lado de Perseu Ribeiro Almeida, que também morreu no local, e Daniel Sonnewend Proença, que foi ferido e conseguiu sobreviver. Além deles, Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, também estava com o grupo e morreu no local.

As vítimas haviam acabado de pagar a conta e iam voltar ao hotel onde estavam hospedados - que fica em frente ao local do crime, do outro lado da Avenida Lúcio Costa - quando, por volta de 1h da madrugada, foram surpreendidos por criminosos armados que desembarcaram de um Fiat Pulse branco e atiraram pelo menos 33 vezes.

Uma câmera de segurança flagrou o momento do ataque. As imagens mostram toda a movimentação dos assassinos. Após fazerem os primeiros disparos, eles voltam para o carro, mas alguns retornam e voltam a atirar contra os médicos. A ação durou cerca de 25 segundos, nenhum pertence foi roubado.

O que motivou o crime?

O crime na Barra da Tijuca teria sido motivado por vingança pelo assassinato do traficante Paulo Aragão Furtado, o Vin Diesel, por milicianos. Sua morte teria tido a participação de Taillon Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado com um dos chefes de uma milícia da Zona Oeste do Rio. O traficante Philip Motta Pereira, o Lesk, é que teria repassado a informação de que Taillon estaria no quiosque da Barra onde os médicos foram assassinados. Ele chefia uma milícia que atua na região da Cidade de Deus e Gardênia Azul, na Zona Oeste da cidade. Os milicianos atuam há três décadas na região e hoje disputam território com traficantes.

A semelhança física entre o médico Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26, é uma das linhas de investigação para o triplo homicídio ocorrido, nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com as polícias Civil e Federal, Perseu tem peso, altura, cabelo e barba parecidos com Taillon, e pode ter sido confundido com ele quando estava com três amigos em um quiosque na orla do bairro frequentado pelo criminoso.