Protestos e segurança reforçada no mundo por guerra entre Israel e Hamas
Países como França, Alemanha e Reino Unido reforçam segurança em torno de locais judaicos
A guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas levou a manifestações pró-palestinas no Oriente Médio e a um reforço das medidas de segurança em torno de locais judaicos na França, Alemanha e Reino Unido.
França
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, anunciou um reforço da segurança em torno dos locais de culto e das escolas judaicas, embora tenha esclarecido que neste momento “não há ameaças”.
Alemanha
Na Alemanha, o governo reforçou a segurança ao redor dos edifícios da comunidade judaica e da representação israelense, informou a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, no jornal Bild.
As autoridades também monitoram "muito de perto possíveis simpatizantes do Hamas na esfera islâmica", afirmou a ministra.
A polícia de Berlim, por sua vez, relatou “pessoas comemorando os ataques contra Israel distribuindo doces na Sonnenallee”, uma avenida localizada em um bairro com uma grande comunidade muçulmana.
Uma manifestação em solidariedade a Israel reuniu neste domingo 2.000 pessoas em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim, de acordo com a corporação. Entre os presentes estava o prefeito da capital alemã.
Reino Unido
A polícia de Londres aumentou neste domingo a presença das suas patrulhas em alguns bairros, depois de terem ocorrido “incidentes” ligados à guerra entre Israel e o Hamas.
O Ministério do Interior apelou à “tolerância zero” contra “a exaltação do terrorismo”.
O ministro de Estado da Imigração, Robert Jenrick, compartilhou um vídeo no X (antigo Twitter) em que pessoas são vistas agitando bandeiras palestinas nas ruas e buzinando em veículos.
Canadá
A polícia canadense anunciou o reforço de sua presença ao redor de prédios religiosos, tanto sinagogas como mesquitas.
Estados Unidos
As medidas de segurança foram intensificadas nas proximidades das sinagogas em Nova York, Los Angeles, Miami e Houston.
Em Nova York, milhares de pessoas se manifestaram em solidariedade aos palestinos, enquanto manifestantes pró-israelenses protestaram contra a escalada sangrenta do conflito.
Além de Nova York, houve marchas de apoio aos palestinos em várias cidades, incluindo Washington e Chicago.
Irã
Centenas de pessoas protestaram em várias cidades da República Islâmica, incluindo Teerã, com bandeiras palestinas e fogos de artifício, segundo imagens da agência oficial IRNA.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou neste domingo que apoia “a defesa legítima da nação palestina” e disse que Israel deve “ser responsabilizado” pela situação.
Em Teerã, grandes cartazes diziam que “a grande operação de libertação começou”. Bandeiras israelenses também foram queimadas no protesto.
Líbano
No Líbano, o Hezbollah organizou uma manifestação no sul de Beirute para apoiar a ofensiva do Hamas. “Morte a Israel”, gritavam no protesto.
Um alto funcionário do movimento libanês, Hachem Safieddin, prestou homenagem aos “heróis de Gaza” e afirmou que “chegou a hora da vingança”.
Síria
Em Damasco, grupos de jovens distribuíram bolos aos carros em uma praça central em sinal de alegria.
Turquia
Milhares de turcos participaram de um protesto em Istambul em apoio aos palestinos.
“O povo palestino está apenas defendendo a sua pátria, isso não tem nada a ver com terrorismo”, disse à AFP Sahin Ocal, 54 anos, um dos organizadores da manifestação.
Iêmen
Houve também manifestações pró-palestinas em Sanaa, capital do Iêmen, onde foram queimadas bandeiras israelenses e americanas.
As milícias huthis, apoiadas pelo Irã e que controlam a cidade, gritavam “Morte aos Estados Unidos, morte a Israel”.
Iraque
Uma manifestação pró-palestina está planejada na cidade sagrada xiita de Karbala.
No sábado, centenas de manifestantes reuniram-se na capital Bagdá para celebrar a ofensiva do Hamas. Alguns dos participantes pisotearam e queimaram bandeiras israelenses e gritaram “não aos Estados Unidos, não a Israel”.
África do Sul
Entre 600 e 800 pessoas da comunidade muçulmana de Cidade do Cabo se reuniram na mesquita Al-Quds para expressar sua solidariedade com os palestinos.