conflito

Israel confirma que matou "vários suspeitos armados" que atravessaram a fronteira do Líbano

Autoridade informou que o sul do Líbano foi bombardeado pelo Estado judeu; o grupo libanês Hezbollah fez ataques contra pontos nos campos de Shabaa em "solidariedade" ao Hamas

Forças da UNIFIL patrulham a fronteira entre Líbano e Israel, que foi palco de conflitos neste domingo Foto: - Mahmoud Zayyat/AFP

Um comunicado do Exército israelense informou nesta segunda-feira (9) que seus soldados “mataram vários suspeitos armados” que cruzaram a fronteira do Líbano, citou a AFP. O texto disse ainda que “helicópteros das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) estão atualmente atacando a área”. Disparos seguem sendo feitos por soldados israelenses, próxima à cidade de Marwahin, segundo relatos libaneses feitos à Haaretz.

Uma autoridade local teria informado também à agência francesa que o Estado judeu bombardeou o sul do Líbano. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no norte de Israel, próximo à fronteira com o país, informou a Al Jazeera.

O Líbano é a sede do grupo armado Hezbollah, que reivindicou os ataques feitos contra Israel na manhã de domingo (8). Foram lançadas uma série de mísseis e artilharia contra três pontos nos campos de Shabaa, disputada região na fronteira entre os dois países. Segundo a Associated Press, calcula-se que tenham sido jogados cerca de 150 mil foguetes e mísseis contra Israel.

De acordo com o Hezbollah, que também atua como um partido político no país, o ataque foi uma demonstração de "solidariedade" ao povo palestino com a operação terrestre, marítima e aérea terrorista lançada no sábado pelo grupo extremista armado Hamas, do qual o grupo libanês é aliado. O Hezbollah também é apoiado pelo Irã, inimigo de Israel.

Em resposta aos mísseis, o Exército israelense informou ter atingido com um drone uma "infraestrutura terrorista do Hezbollah" em Har Dov, na região fronteiriça. As tensões continuaram com uma segunda troca de tiros com forças do Hezbollah no vilarejo de Kfar Shouba, no sul do Líbano. Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que o governo libanês reforçou a segurança na região.