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Enderson ressalta reação, mas lamenta "baque emocional" no primeiro tempo contra a Ponte

Treinador afirmou que lado mental foi determinante para Sport buscar empate na Ilha

Jorginho disputa bola contra a Ponte Preta - Rafael Bandeira/SCR

O tropeço diante da Ponte Preta, na Ilha do Retiro, jogou um balde de água fria no torcedor do Sport. Com o tropeço dos adversários na rodada, o Leão dependia apenas de si para ampliar a vantagem pelo acesso, além de encostar no Vitória na luta pelo título. No entanto, depois de sofrer três gols do time paulista em um primeiro tempo apático, o Rubro-negro teve que correr atrás do prejuízo para sair com um empate dentro de casa. 

Em entrevista coletiva concedida depois da partida, o técnico Enderson Moreira lamentou o "baque emocional" sofrido pelo time durante os 45 minutos iniciais. Não à toa, logo após o terceiro gol dos visitantes, o treinador promoveu duas mudanças na equipe: acionou Diego Souza e Alan Ruiz nas vagas de Peglow e Ronaldo, respectivamente. 

"Diferente do que vinha acontecendo, não tomamos os gols no começo do jogo. Mas quando sofremos o gol, dá um baque emocional, é natural. No primeiro tempo o time não existiu como estamos acostumados. Sabíamos da proposta da Ponte de contra-ataque, transição. Tivemos uma postura muito ruim, péssima diante do que estamos acostumados", pontuou. 

"São tantos jogadores que estão abaixo, que é difícil. Não sou muito de fazer mudanças no primeiro tempo, mas era importante para mudar o astral. Eles estavam indo para o buraco", enfatizou Enderson.

Ainda de acordo com o técnico do Sport, durante o intervalo, no vestiário, o tom da conversa não foi no intuito de brigar com os atletas com a performance apresentada. O lado mental era o essencial para a virada de chave dentro da partida.

"No intervalo energizamos eles, acolhemos. Não adiantava brigar, discutir. Falamos com eles: "Poxa, olha, está difícil, mas podemos reverter. É um gol de cada vez". O time busca o empate de forma organizada, foi trabalhado, construído. Criamos boas oportunidades antes do 3x2. Depois do 3x3, também. No final a gente parou de fazer o que estávamos fazendo, o jogo ficou perigoso. Ficamos desgastados, corremos atrás o jogo todo. Mas no vestiário foi acolher, perceber que eles estavam abalados e tentar reverter isso. Acima de tudo trabalhar o lado mental que foi importante. Com mais um pouquinho de tempo, talvez, a gente conseguisse virar", salientou.

Com 55 pontos, o Sport voltou à vice-liderança da Série B. São três pontos a menos que o líder Vitória e dois a mais que o Atlético-GO, primeira equipe fora do G-4. Na próxima rodada, o Leão visita o terceiro colocado Juventude (54), na segunda-feira (16), às 20h, no Alfredo Jaconi.