LANÇAMENTO

Clayton Barros celebra a infância em seu novo single, "Menino de asas"

A canção é também uma homenagem ao guitarrista Paulo Rafael e conta com participação de Marco Polo (Ave Sangria) na voz

Clayton Barros - Tiago Calazans/Divulgação

Nesta semana da Criança, o músico e compositor Clayton Barros reverencia o universo lúdico infantil com o lançamento, nesta terça (10), do seu novo single, “Menino de asas”, que já está disponível nas plataformas de streaming. Na faixa, o violonista do Cordel do Fogo Encantado, divide as vozes com Marco Polo, frontman da lendária banda Ave Sangria.

Quando criança, Clayton foi leitor de “Simbad, o Marujo”, “Fúria de Titãs” e também gostava de assistir a filmes, especiais de TV e desenhos animados, como “Caverna do Dragão”. Adulto, levou parte desse universo para o seu trabalho, com participações em peças infantis, seja atuando ou criando a trilha sonora.

Em “Menino de asas” ele rememora esse universo infantil. O título da música é homônimo do livro de Homero Homem e faz parte da Coleção Vagalume, que Clayton lia quando criança. O livro trata de preconceito e não aceitação: por ter asas, o menino é considerado uma aberração, um ser perigoso. Já na canção, ele versa sobre uma criança que se isola ao ver a destruição do mundo.

“É uma canção que fala da destreza de um menino alado, que toca violão e usa gibão, um anjo-negro-trovador-erê, que sai se deslocando pelo mundo e o radar não consegue detectá-lo. Ele vê a humanidade caminhando pro mal, para a destruição, as guerras, a fome e a pobreza e fica muito chateado. Por isso, ele se isola no Everest e salta, mas como ele voa, a única coisa abrupta que ele faz ao pousar é assanhar os cabelos das pessoas. Ele é do bem, mas muito crítico com a humanidade e sua ganância”, explica Clayton.

Homenagem a Paulo Rafael
“Menino de asas” é também uma homenagem a Paulo Rafael, guitarrista da Ave Sangria, falecido em 2021, aos 66 anos. Por isso, Clayton chamou Marco Polo para dividir os vocais, o que reforça a lembrança de Paulinho, como era carinhosamente chamado pelos pares.

“Ave Sangria e ‘Menino de Asas’ ao meu ver, formam uma grande dupla pra organizar os céus. Quando nós viemos morar em Recife com o Cordel, ouvíamos muito uma fita K7 do primeiro disco do Ave Sangria.  Sempre me  influenciaram, conheci Ivinho nas ruas de Recife, Paulo Rafael se tornou um grande amigo e ele está desenhado na capa, no canto superior direito”, diz Clayton.

Capa do single"Menino de asas" | Arte: Wendel Araújo/Divulgação

“Também conheço Seu Almir e Marco Polo. Depois que gravei as vozes, tive a ideia de convidar Marco pra cantar comigo. Pra nós, deu muito certo e até nossas vozes se confundem um pouco na gravação. É a oportunidade de reverenciar os mestres e comemorar nossas parcerias e amizade, um encontro de gerações”, comenta.

Outros artistas também são lembrados na canção: Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Zé Ramalho aparecem como principais nomes, mas também Rosinha de Valença, João Bosco, Jorge Ben e Adriana Calcanhoto.

“MENINO DE ASAS” (Clayton Barros)
ficha técnica

Produção e mixagem | Rodrigo Miranda Coelho
Masterização | João Felipe Cavalcanti
Arranjos | Emanoel Barros

Tiago Oliveira | percussão
Silverson de Sousa | violino
Gabriel Marques | violoncelo
Cícero Júnior | viola
Samuel de Amorim | viola
Lucas William | trompa
Wagner Braga | oboé
Feiticeiro Julião | cítara
Eneyda Rodrigues | flautas