Conflito em Israel: Lula diz que Brasil fará o ''possível para a paz na região''
No sábado, governo condenou os ataques do grupo Hamas a Israel e defendeu a retomada das negociações entre as partes para um acordo de paz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (10) que o Governo Federal está "atento e trabalhando" para repatriar os brasileiros e que fará o "possível para o processo de paz".
O grupo terrorista palestino Hamas atacou o sul de Israel, na manhã do último sábado, com foguetes, bombardeios e assassinatos e sequestros de civis. Dois brasileiros já morreram nos conflitos.
"O primeiro voo com 211 passageiros decolou de Tel Aviv, em ação de repatriação dos brasileiros. Estão previstos mais cinco voos até domingo. O governo federal está atento e trabalhando para trazer de volta todos os brasileiros que solicitarem, bem como para fazer todo o possível para o processo de paz na região", escreveu Lula nas redes sociais.
Nesta terça-feira (10), a primeira aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) usada para repatriar brasileiros em Israel decolou14h12 (horário de BSB). Ele está retornando ao Brasil com 211 passageiros. A previsão é que a aeronave chegue na madrugada desta quarta-feira, pousando em Brasília por volta das 4h.
Ao todo, seis aeronaves da FAB foram mobilizadas para a operação, que começou no domingo. Ainda nesta terça-feira, a terceira aeronave disponibilizada pela Força Aérea será enviada para a repatriação de brasileiros. O KC-390 Millennium (Embraer) deve decolar às 16h da Base Aérea de Brasília, e terá Roma como destino inicial.
De acordo com a FAB, 900 brasileiros devem ser repatriados até sábado e a operação poderá se repetir na próxima semana. Em comunicado, o Itamaraty disse que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv recolheu, por meio de formulário online, os dados de cerca de 2,3 mil brasileiros com interesse na repatriação, sendo a maior parte deles turistas.
No domingo, o Brasil convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para tratar sobre o conflito. Apesar da grave crise, os representantes dos 15 países que integram o órgão não divulgaram uma manifestação sobre o tema, como um pedido de cessar-fogo, para que as negociações entre as partes sejam retomadas.
A posição do Brasil foi divulgada no sábado. O governo brasileiro condenou os ataques do grupo Hamas a Israel e defendeu a retomada das negociações entre as partes para um acordo de paz. Em uma nota, o Itamaraty também reforçou a necessidade de reconhecimento de dois estados, o israelense e o palestino.