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No Sport, queda de rendimento da zaga passa por apagões recentes nos 45 minutos iniciais

Dos 31 gols sofridos pela equipe, 21 foram no primeiro tempo; no segundo turno média é ainda pior

Enderson Moreira durante treino com o elenco do Sport - Rafael Bandeira/SCR

Três gols em um intervalo de 11 minutos. Este foi o recorte de tempo que a Ponte Preta precisou para abrir vantagem sobre o Sport na última segunda-feira, na Ilha. Aliás, sofrer gols no primeiro tempo tem sido a tônica do Sport nesta edição da Série B. Seja no início, no meio ou no fim da etapa inicial, dos 31 gols tomados pelo Leão, 24 ocorreram antes da ida do intervalo. 

Após o empate com o Avaí, na Ressacada, quando foi vazado no início da partida, o técnico Enderson Moreira já havia enfatizado que uma de suas principais preocupações era a falta de concentração no começo dos jogos. Não à toa, foram dez gols sofridos pelo time antes dos 15 minutos. Perante a Ponte, os gols do adversário saíram depois dos 20 minutos, e o treinador enfatizou o fator emocional como determinante para o elenco desandar em campo.  

"O que marcou nossa equipe foi um lado de sofrer um gol e emocionalmente cair. Não estávamos jogando bem, mas aí fomos para o buraco. Tudo que vem depois desse buraco pode ser explicado da maneira que quiser. Falta de competitividade, esquema tático, escalação... Na minha concepção foi o lado emocional pesado. A Ilha estava linda, o torcedor compareceu, todos com uma expectativa (pela vitória) e daí uma decepção", enfatizou. 

O apagão sofrido pela equipe nos primeiros tempos dos jogos tem sido mais constante no segundo turno. Principalmente por conta da queda de rendimento do setor defensivo. Dos 14 gols sofridos até o momento no recorte, 12 foram nos 45 minutos iniciais. Apenas no empate com o Criciúma, na Ilha, dois dos três gols dos catarinenses aconteceram na etapa complementar. Em meio à instabilidade, Enderson pontua que o momento é de dar tranquilidade aos atletas. 

"A gente não pode passar para o jogador essa falta de confiança. Quando você começa a mexer toda hora: "joga mal, sai, joga bem, fica", você começa a criar uma instabilidade que é péssima para o futebol. Eu como já estou há algum tempo lidando com isso, já fiz isso muitas vezes. Acho que temos que fazer as mudanças, sim, à medida que a gente percebe que um está atropelando o outro ali. Mas temos que ter tranquilidade para não cometer equívocos", salientou.