Petróleo sobe devido a conflito no Oriente Médio; bolsas operam em queda
O Brent, referência global, era cotado esta manhã acima de US$ 89. O WTI, referência nos EUA, ultrapassou os US$ 85
O petróleo subiu acentuadamente nesta sexta-feira (13) devido a temores de que os combates entre Israel e o Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio e prejudicar o fornecimento global, já que o Irã disse que uma nova frente para o conflito era possível. As bolsas têm queda.
Por volta de 8h30 (hora de Brasília), o Brent, referência Global, apresentava alta de 3,58%, cotado a US$ 89,08 o barril para os contratos de dezembro. O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, subia 3,67%, com os contratos futuros de novembro sendo negociados a US$ 85,95 por barril.
A maior parte do aumento ocorrido na segunda-feira, após o ataque do Hamas a Israel, foi revertida nos dias seguintes devido às expectativas de que o conflito seria contido, mas o ministro das Relações Exteriores do Irã alertou que os militantes apoiados por Teerã poderiam abrir uma nova frente na guerra de Israel contra o Hamas se o bloqueio de Gaza continuasse.
Assim, o petróleo teve uma semana volátil. Os traders estão tentando precificar a possibilidade de a guerra atrair o Irã, um fornecedor de armas e dinheiro para o Hamas, e qualquer risco de interrupção de fluxos mais amplos.
- As condições atuais de negociação são claramente para os ousados e aventureiros. A situação trágica e deteriorada em Israel/Gaza também nos serve como um lembrete de que o prêmio de risco do Oriente Médio não diminuiu - disse Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates Ltd.
O maior aumento nos estoques de petróleo bruto dos EUA desde fevereiro ajudou a empurrar os preços para baixo na quinta-feira, embora isso tenha sido atenuado por outra queda na oferta no centro de armazenamento em Cushing, Oklahoma - o ponto de entrega do WTI.
A Agência Internacional de Energia (AIE) disse que o recente recuo do petróleo em relação aos quase US$ 100 por barril mostrou que os preços subiram o suficiente para começar a corroer a demanda, embora ainda se preveja um consumo mundial recorde este ano.
Bolsas em queda
Na Europa, as bolsas operam em baixa. Em Londres, a queda é de 0,33% e, em Paris, de 0,75%. A Bolsa de Frankfurt recua 0,78%.
As bolsas asiáticas também tiveram um dia de queda. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou 0,55%, enquanto que a de Hong Kong fechou com forte queda de 2,33%. Na China, o SSE Composite baixou 0,64% e a Bolsa de Xangai registrou perda de 0,99%..