LUTO

Morre poeta americana Louise Glück, ganhadora do Nobel de Literatura em 2020

Nascida em Nova Iorque, Lousie era considerada uma das maiores figuras da poesia nos Estados Unidos

Louise Gluck morreu aos 80 anos - Reprodução/Instagram

A poetisa americana Louise Glück, premiada com o Nobel de Literatura em 2020, morreu aos 80 anos, confirmou esta sexta-feira à AFP a Universidade de Yale, onde trabalhava como professora.

Nascida em Nova Iorque e considerada uma das maiores figuras da poesia nos Estados Unidos, Glück foi premiada pela academia sueca pela “sua voz poética característica”, tornando-se a 16ª mulher a ganhar o prémio literário.

Glück ganhou o prêmio Nobel por sua “inconfundível voz poética que, com austera beleza, faz da existência individual universal”. A poetisa estreou na literatura em 1968 e é autora 12 coletâneas de poemas e de alguns volumes de ensaios sobre o fazer poético.

Ao longo da carreira, já recebeu prêmios importantes, como o Pulitzer e o National Book Award. Em 2015, ela recebeu, do presidente americano Barack Obama, a Medalha Nacional de Artes e Humanidades.

 



Conhecida por seus versos límpidos e autobiográficos, ela com frequência recorre à mitologia greco-romana, à natureza e à história para refletir sobre o cotidiano e a vida moderna. A poeta é a décima-sexta mulher a levar o Nobel de Literatura.

Entre seus principais livros estão "The Triumph of Achilles" (O triunfo de Aquiles), de 1985, e "Ararat" (referência ao Monte Ararat onde, segundo a Bíblia, a arca de Noé atracou depois do dilúvio). Em "Ararat", Glück se esforçou para encontrar uma dicção mais prosaica, sem adornos e que fluisse naturalmente. Em seus ensaios, ela se debruçou sobre poetas T.S. Eliot, John Keats e George Oppen.

Nascida em Long Island, no estado de Nova York, Glück estudou na Universidade Columbia e já lecionou em diversas instituições de ensino superior nos EUA.

Numa entrevista à revista literária "Poets & Writers Magazine", ela afirmou que poetas precisam viver a vida para poder produzir algo de original e que "reprimir impulsos passionais em favor da arte" é um "erro terrível".