Guerra

"Sem precedentes": Palestina diz que ataque de Israel a hospital é o mais mortal em cinco guerras

Ataque aéreo israelense é considerado o mais mortífero desde 2008, segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal

Foto divulgada pelo Hamas sob alegação de que teria ocorrido um ataque de Israel a um hospital no centro da cidade de Gaza - Divulgação/Hamas

O ataque aéreo israelense a um hospital no centro da cidade de Gaza, na tarde desta terça-feira, deixou pelo menos 877 vítimas, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, administrado pelo Hamas. O bombardeio foi classificado como "sem precedentes" pela Defesa Civil Palestina. Procurada pela BBC, as Forças de Defesa de Israel informaram que ainda não têm detalhes sobre a ação que teria atingido a unidade de saúde.

"O massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na nossa história. Embora tenhamos testemunhado tragédias em guerras e dias passados, o que aconteceu esta noite equivale a um genocídio", disse o porta-voz da Defesa Civil Palestina, Mahmoud Basal, à Al Jazeera.

Basal acrescentou que este é o ataque aéreo israelense mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.

"Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeio do Hospital Al-Ahli Arabi, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeio. Deve-se notar que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos", diz o comunicado.

De acordo com a rede de televisão Al Jazeera, o hospital batista Al-Ahli Arabi "ainda está em chamas". A reportagem descreveu o cenário na unidade de saúde como "catastrófico". "Ainda há pessoas sob os escombros dos edifícios destruídos. As equipes médicas estão tentando retirar as vítimas, mas há um número crescente de feridos em diferentes áreas da Faixa de Gaza", diz o site do canal.