Lula lamenta ataque a hospital em Gaza e reforça pedido à ONU por "intervenção humanitária"
Votação da resolução patrocinada pelo Brasil sobre o conflito e ajuda humanitária foi adiada no Conselho de Segurança da ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou, nesta quarta-feira (18), de "inaceitável" o bombardeio contra um hospital em Gaza, que deixou ao menos 500 mortos. Lula ainda reforçou o apelo à ONU e à comunidade internacional para uma intervenção humanitária "urgente" e um cessar fogo.
"O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra", escreveu nas redes sociais.
O hospital bombardeado servia de abrigo a milhares de pessoas deslocadas da Cidade de Gaza. O ataque desencadeou uma guerra de versões entre Israel e o grupo terrorista Hamas, gerou uma onda internacional de repúdio, e complicou ainda mais as iniciativas internacionais de diálogo para a criação de um corredor humanitário.
Após o ataque, a votação da resolução patrocinada pelo Brasil sobre o conflito e ajuda humanitária a Gaza no Conselho de Segurança da ONU foi adiada.
O ataque ao hospital ocorreu no final da tarde desta terça-feira. Um foguete atingiu o prédio e, segundo o Ministério da Saúde do território, deixou ao menos 500 mortos — de acordo com o Hamas, as vítimas passariam de 870.
As autoridades de saúde em Gaza afirmam que pelo menos 3 mil pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza em retaliação ao ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro, que matou 1.300 israelenses.
Após o ataque, as Forças Armadas de Israel disseram, em comunicado, que hospitais não eram alvos militares israelenses e disse estar investigando o bombardeio. Horas depois, o IDF (Forças de Defesa de Israel) afirmou que "de acordo com informações de inteligência, provenientes de diversas fontes", a organização terrorista Jihad Islâmica seria a responsável pelo foguete que atingiu o hospital.