Brasil 'condena de forma veemente' bombardeio de hospital em Gaza
Hamas diz que bombardeio foi realizado por Israel, que culpa Jihad Islâmica; ao menos 500 pessoas morreram após o ataque
O governo brasileiro condenou, "de forma veemente", o bombardeio que atingiu o hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, na noite de terça-feira, provocando centenas de mortes. Em nota divulgada pelo Itamaraty, o Brasil reiterou o apelo para a criação de corredores humanitários para a retirada de estrangeiros da região de conflito e a adoção de "pausas", por Israel, para o fornecimento de produtos básicos às populações vulneráveis.
"O governo brasileiro condena, de forma veemente, o bombardeio que atingiu o hospital Ahli-Arab, na Faixa de Gaza, na noite de ontem, 17/10, provocando centenas de mortes. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo da Palestina", afirma a nota.
"O Brasil reitera o apelo para o imediato estabelecimento de corredores e pausas humanitárias que permitam a condução em segurança do trabalho humanitário e o fornecimento de água, comida, suprimentos médicos, combustível e eletricidade a Gaza", diz um trecho da nota.
No comunicado, o Itamaraty repudia os ataques a alvos civis, sobretudo a estruturas de saúde, e exorta as partes no conflito a cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário. Mas não comenta de quem poderia ser a autoria do atentado.
Por fim, a nota pede a libertação dos reféns e que seja dado acesso do Comitê Internacional da Cruz Vermelha às pessoas que foram sequestradas. O argumento do Itamaraty é que os funcionários dessas instituições poderiam desempenhar suas funções como agentes humanitários neutros.