PETRÓLEO

Petrobras: ascensão do preço de petróleo é pontual e não deve ser afetada por conflito Israel-Hamas

Jean Paul Prates disse que não há, por enquanto, conflitos iminentes em áreas de produção ou escoamento de petróleo

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates - Mauro Pimentel/AFP

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, acredita que o recente aumento nos preços do barril de petróleo foi pontual e que não haverá uma elevação constante causada pelo conflito entre Israel e Hamas.

Prates afirma que os preços seriam mais afetados se o conflito se alastrar para áreas de produção e escoamento de petróleo.

— Até agora você não está em um território onde você tem instalações de produção ou escoamento, como na Ucrânia, ou como foi no Kuwait. Do ponto de vista da indústria do petróleo, por enquanto, não houve alastramento, então a eventual ascensão do preço, que está acontecendo é uma ascensão já estrutural de demanda e oferta.

Prates disse que as elevações de preço estão ocorrendo mais por pressões de oferta e demanda, do que pelos conflitos. Além de Israel e Hamas, também estão em guerra Rússia e Ucrânia, e Arábia Saudita e Iêmen.

 

— Nós achamos que os espasmos que nós tivemos de preço são característicos de conflitos, como quando o Iraque invadiu o Kuwait. Normalmente você tem dois ou três dias de espasmos de preço, depois ele volta. Como ele já estava em ascensão, continuamos acompanhando.

Margem equatorial
Jean Paul reforçou que as investidas para exploração de petróleo na margem equatorial vão continuar avançando e o objetivo segue sendo a bacia sedimentar da foz do Amazonas.

— Vamos muito em breve furar margem equatorial, começando pela bacia potiguar e avançando para o Amapá, fazendo o poço na bacia sedimentar da Foz do Amazonas.

O presidente da Petrobras disse ainda que o Brasil não perdeu totalmente a referência do mercado internacional e estabilizou os preços internos, mesmo em uma fase de barril mais caro.