Ativista ambiental Greta Thunberg é acusada de perturbar ordem em Londres
Ela será processada por ter descumprido a ordem policial de não bloquear a rua, onde se realizou essa ação de protesto contra o Fórum de Inteligência Energética
A ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi acusada de perturbação da ordem, após ser detida na terça-feira (18) durante um protesto em paralelo a uma conferência da indústria do petróleo e do gás em Londres, anunciou a polícia nesta quarta-feira (18).
A jovem, de 20 anos, foi solta sob supervisão judicial e deve comparecer a um tribunal de Londres em 15 de novembro, disse o comunicado da polícia.
Greta foi uma das 26 pessoas acusadas após a manifestação, convocada para protestar ante os executivos das principais empresas produtoras de hidrocarbonetos.
Greta Thunberg será processada por ter descumprido a ordem policial de não bloquear a rua, onde se realizou essa ação de protesto contra o Fórum de Inteligência Energética. O evento aconteceu em um hotel do bairro de Mayfair.
Cerca de 250 manifestantes bloquearam a entrada dos executivos de companhias de petróleo ao hotel onde acontecia o encontro.
Executivos de empresas, incluindo Shell, Trafigura e Gunvor Group, não puderam fazer os discursos que estavam programados. A conferência já atraiu manifestantes em anos anteriores, mas esta é a primeira vez que o acesso foi bloqueado.
O ímpeto está aumentando entre os manifestantes climáticos antes das negociações globais que devem ocorrer em Dubai em algumas semanas. Após um verão de incêndios florestais e calor extremo, as temperaturas médias globais para setembro quebraram recordes por uma grande margem.
A temperatura para o mês foi aproximadamente 1,7 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, o que está além da marca simbólica de 1,5 graus Celsius estabelecida como meta no Acordo de Paris.
Outras manifestações estão planejadas ao longo da conferência, que vai durar três dias, informou o Greenpeace por e-mail.
"Os magnatas do petróleo estão brindando uns aos outros em um hotel de luxo e tramando como obter lucros ainda maiores, enquanto milhões lutam para se recuperar após um verão de condições climáticas extremas", disse Maja Darlington, ativista da Greenpeace no Reino Unido, em comunicado.