Secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro pede exoneração do cargo
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vota mudança na lei para nomear substituto
O delegado José Renato Torres pediu exoneração do cargo de secretário de Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (18). A decisão foi tomada um dia após o governador Cláudio Castro (PL) enviar à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um projeto de lei complementar que muda a lei orgânica da instituição.
A movimentação abre possibilidade para que Castro nomeie o delegado Marcus Amim para o lugar de Torres. Pessoas próximas ao ex-secretário afirmaram que Torres não foi comunicado sobre a chance de perder o cargo e soube das mudanças na secretaria por notícias da imprensa.
Nesta tarde, Torres reuniu a equipe e se despediu. Em seu discurso, afirmou que a polícia está rachada. Nomeado há menos de um mês, ele também brincou dizendo que não vai entrar no Guinness World Records — livro de recordes — porque descobriu que um secretário teve a gestão ainda mais curta e ficou apenas um dia no cargo.
Nos bastidores, Marcus Amim, que é delegado há 10 anos, já era apontado como uma das opções ao cargo recém-aberto. Além dele, nomes como Antenor Lopes e Pedro Medina também foram levantados por servidores.
A saída de Torres é polêmica, uma vez que sua nomeação, em setembro, já tinha acontecido contra a vontade de deputados da Alerj — como o presidente Rodrigo Bacellar (PL) — que havia indicado outro nome para o cargo. O seu substituto, Marcus Amim, no entanto, tem o apoio dos parlamentares, sobretudo de Marcio Canella (União Brasil).
Marcus Amim é delegado da Polícia Civil há 10 anos, mas já está na instituição desde 2002. Para sua nomeação ser efetivada, é necessário que a Alerj aprove a mudança no estatuto da corporação.
Como delegado titular, ele comandou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Delegacia Especializada em Armas Munições e Explosivos (Desarme) e a 27ª DP (Vicente Carvalho). Desde junho ele é presidente do Detran.