Jogos Pan-Americanos 2023

Um Pan-Americano repleto de estrelas; confira a lista dos protagonistas

Evento multiesportivo tem início nesta sexta-feira (20), em Santiago, no Chile

Além da carreira no boxe olímpica, Bia Ferreira já deu início também entre as profissionais - Divulgação/@BFerreira60kg

Às vesperas dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, cada competição serve como preparação para os atletas. Em 2023, o Pan-Americano de Santiago veio em boa hora, em um momento do calendário que não choca com outras competições relevantes no cenário mundial, assim podendo receber os melhores competidores que estiverem aptos. 

Percebendo a boa oportunidade de enfrentar adversários de bom nível e manter o ritmo de competição, o Time Brasil terá 20 medalhistas olímpicos em Santiago, mais alguns atletas que estão vivendo boa fase em suas modalidades. Estrela de nível mundial e principal ginasta no Pan, Rebeca Andrade está estreando nos Jogos. 

Vice-campeã olímpica em Tóquio, bicampeã mundial de boxe e medalha de ouro em Lima 2019, Beatriz Ferreira tem uma longa lista de conquista que credencia a baiana como uma das grandes estrelas não só da delegação brasileira, como de todo Pan-Americano. Na categoria até 60kg, Bia faz estreia no domingo (22), diante da mexicana Esmeralda Reyes. 

Atleta experiente no auge dos seus 50 anos, ouro em Atenas 2004 e bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000, Rodrigo Pessoa volta a defender o Brasil no Hipismo na modalidade dos saltos. Por outro lado, com somente 15 anos, Rayssa Leal, medalha de prata em Tóquio no skate street, é uma das mais populares da delagação, somando mais de seis milhões de seguidores somente no Instagram. Lidando com a fama desde muito cedo, a Fadinha falou sobre a importância do acompanhamento psicológico em sua carreira: "acho que foi a melhor coisa que fiz em minha vida, foi de fazer terapia", disse em entrevista ao COI (Comitê Olímpico Internacional).  

 



Os outros 16 nomes brasileiros que já consquistaram medalhas em Olimpíadas e que são novamente esperança para o Brasil no Pan são: Abner Teixeira (boxe), Álvaro de Afonso "Doda"(hipismo), Ana Marcela Cunha (águas abertas), Arthur Nory (ginástica artística), Daniel Cargnin (judô), Felipe Wu (tiro esportivo), Fernando Scheffer (natação), Isaquias Queiroz (canoagem), Luisa Stefani (tênis), Laura Pigossi (tênis), Kahena Kunze (vela), Ketleyn Quadros (judô), Maicon Andrade (taekwondo), Martine Grael (vela), Rafael Silva (judô) e Rafaela Silva (judô). 

Para além das nossas fronteiras

Além do Brasil, que é um das potências esportivas do continente, outros países também contam com grandes nomes, como é o caso de Cuba, que por muitos anos brigou medalha a medalha com os Estados Unidos. Um dos esportes mais populares na ilha caribenha e que mais rendeu títulos para o pequeno país, no boxe, Julio Cezar La Cruz, bicampeão olímpico e penta mundial, é o principal expoente no pugilismo olímpico. 

Lenda do esporte cubano, Mijain López é um dos atletas com melhor currículo nos Jogos, sendo tetracampeão olímpico, penta mundial e pan-americano. Utilizando o Pan como esquenta, ano que vem o cubano busca ser o primeiro atleta na história a conquistar medalhas de ouro em cinco olimpíadas diferentes. Saindo do tatame da luta greco-romana e indo para o do judô, outra atleta com grande longevidade e conquistas é Idalys Ortiz, que conquistou bronze em 2008, ouro em 2012 e prata em 2016 e 2020. 

Em 2024, Mijain López pode atingir feito inédito entre todos os atletas olímpicos /Reprodução/COI

Grande força nas mais diferentes modalidades do ciclismo BMX , Mariana Pajón é motivo de orgulho para a Colômbia. Duas vezes campeã olímpica, em Londres 2012 e no Rio de Janeiro 2016 e vice em Tóquio 2021, também coleciona uma grande quantidade de títulos mundiais e é a atual campeã pan-americana. 

 



Os hermanos chegam com força principalmente em modalidades coletivas. Na seleção argentina de hóquei sobre grama, Majo Granatto é a grande líder das Leoas. A atleta foi prata em Tóquio 2021 e também consquistou o vice-mundial em 2022, sendo eleita a melhor jogadora no torneio do ano passado. Já no vôlei masculino, Facundo Conte, um dos nomes que brilharam na conquista do Sul-Americano disputado no Recife, é o principal nome da convocatória. 

Com a camisa de número 7, Conte foi um dos líderes da conquista da Argentina em pleno Geraldão/ Folha de Pernambuco/Alexandre Aroeira 

Apesar de ter somente 1,70 de altura e competir diante de gigantes com até 89kg, Keydomar Vallenilla, pesista da Venezuela, mostra que tamanho não é documento. Campeão mundial em 2022 até 89kg e prata olímpica em Tóquio 2021 com 96kg, é um dos atletas mais celebrados do país. Outro que nutre muitas esperanças ao povo venezuelano é Daniel Dhers, ciclista BMX, que detém vários títulos dos X-Games, importante evento de esportes radicais, é o atual campeão da modalidade no Pan-Americano e medalhista de prata na última olimpíada. 

  

 
 
 
 
 
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Estados Unidos e Canadá, maiores potências olímpicas do continente, não costumam enviar suas maiores forças em campeonatos pan-americanos e não raro mandam seus times "B" ou "C" em alguns esportes. No basquete, por exemplo, ambos países decidiram não enviar equipes, apesar de serem forças tradicionais no esporte. Das duas delegações, um nome que foge à regra é o Maggie Mac Neil, nadadora canadense, que venceu os 100 metros borboleta em Tóquio, além de uma prata e um bronze em revezamentos na capital japonesa.