rio de janeiro

"Crime de terrorismo não pode ter progressão de pena", diz Castro após ataques da milícia no Rio

Governador disse que vai pedir o endurecimento da pena de casos que se enquadrem nesse tipo de crime

O governador Cláudio Castro, ao centro, em reunião com representantes da Segurança do estado do Rio - Reprodução

No dia seguinte aos ataques na Zona Oeste do Rio, o governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que uma das medidas a serem tomadas nos próximos dias é o pedido de endurecimento da legislação federal quanto a crimes classificados como terrorismo. Na tarde e na noite de ontem, após a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, o Faustão, 35 ônibus, um trem, veículos particulares e uma estação do BRT foram incendiados. O governador afirmou que é necessário rever o cumprimento da pena, que, segundo ele, deveria ser de 30 anos em regime fechado, sem redução.

"Outra frente importante que eu começo a capitanear a partir de amanhã o pedido claro pra que a gente endureça a legislação federal. Crime de terrorismo não pode ter progressão de pena. A pena tem que ser 30 anos em regime fechado sem progressão. Utilização de armas de guerra, a mesma coisa. Operar serviço público para tráfico, milícia, terrorismo, máfia, também tem que ser um crime de 30 anos sem progressão. Eu amanhã já marquei o presidente (da Câmara dos Deputados) Arthur Lira e com Rodrigo Pacheco. Ou a gente endurece a legislação como outros lugares do mundo fizeram, ou a gente vai nessa mistura de México com Colômbia que está virando o Brasil, nesse cenário de segurança pública" disse o governador.

Doze pessoas foram detidas, mas apenas seis ficaram presas, sendo os demais liberados por falta de indício.