Caso Aldeia

Danilo Paes chega ao fórum agitado, xinga imprensa e defende "Eu sou inocente, vocês vão ver"

Ele é réu acusado de participar do homicídio do pai, o médico Denirson Paes, encontrado morto em 2018, dentro de uma cacimba

Danilo Paes Rodrigues chega ao Fórum Desembargador Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe - Reprodução/TV Globo

Danilo Paes Rodrigues, de 28 anos, chegou agitado ao Fórum Desembargador Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde está sendo julgado, nesta terça-feira (24), pela morte do pai, o médico cardiologista Denirson Paes.

De mãos dadas com uma mulher e acompanhado pelo advogado Rafael Nunes, Danilo chegou ao Fórum por volta das 7h55 e seguiu do estacionamento para um portão lateral de entrada. No caminho, o réu gritou com a imprensa "Sai da minha frente", e, em seguida, exaltado, disse "Eu sou inocente, vocês vão ver, seus vagabundos", xingando os jornalistas que estavam do lado de fora do prédio.

O advogado de defesa pediu desculpas aos profissionais e tentou justificar o comportamento agressivo de Danilo. Rafael Nunes atribuiu a ação ao cansaço e acusações que o cliente vem sofrendo desde o dia do crime.

“Não é para menos ele ter que sentar no banco dos réus acusado de ter matado o pai sendo inocente, mas convivendo com isso e os apontares de dedos, além de enfrentar o luto”, afirmou o advogado. Danilo Paes é inocente. Ele sempre teve uma boa relação com o pai e não existe nada que venha culpá-lo”, ressalta Nunes.

Danilo Paes Rodrigues é acusado de participar do homicídio do pai, o médico Denirson Paes, encontrado morto em 2018, dentro de uma cacimba em um condomínio de luxo em Aldeia, no município de Camaragibe, na RMR.

O corpo de Denirson foi encontrado esquartejado e com partes carbonizadas em 4 de julho de 2018. O desaparecimento dele vinha sendo investigado pela polícia desde o início de junho daquele ano. 

Em novembro de 2019, pouco mais de um ano após o crime, a esposa de Denirson e mãe de Danilo, a farmacêutica Jussara Rodrigues, foi condenada a 19 anos, 8 meses e 46 dias de prisão pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver do marido.

Presidido pela juíza Marília Falcone Gomes Lócio, o júri popular, que começou nesta terça-feira (24), deve durar quatro dias, e a sentença deve sair até a próxima sexta-feira (27).