Guerra

Embaixador de Israel pede a renúncia de secretário-geral da ONU

Em reação, chanceler Gilad Erdan vem após António Guterres pedir ações humanitárias em favor de civis palestinos

Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, durante pronunciamento - Reprodução/Instagram (@gilad.erdan)

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia do secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta terça-feira. Por meio das redes sociais, ele afirmou que Guterrez não está apto para continuar liderando a organização global em razão de uma fala na abertura do Conselho de Segurança, na qual ele se solidarizou com civis palestinos.

Em declaração no X (ex-Twitter), ele afirmou que Guterrez não está apto para continuar à frente da ONU. A acusação de Erdan é que o secretário-geral demonstrou "compreensão pela campanha de assassinato em massa de crianças, mulheres e idosos".

"(António Guterres) não está apto para liderar a ONU. Peço a sua renúncia imediata", publicou.

"Não há justificação ou sentido em conversar com aqueles que demonstram compaixão pelos mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu. Simplesmente não há palavras", disse.

A declaração foi feita após Guterrez condenar as "violações do direito humanitário" na Faixa de Gaza, durante seu discurso para abertura da reunião do Conselho de Segurança da agência.

O Conselho, presidido neste mês pelo Brasil, deverá votar nesta terça-feira a resolução dos EUA sobre conflito entre Israel e Hamas.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Choen, já havia questionado o secretário-geral da organização mundial em "que mundo ele vive", após a fala a favor dos civis palestinos. Cohen afirmou que "definitivamente não é o nosso mundo".

— Famílias desaparecendo no meio do dia, mães gritando por seus filhos em vão. Eu vou lembrá-lo e nunca vou deixá-lo esquecer — argumentou o ministro.

Cohen abriu a sua fala com fotos de crianças israelenses que teriam sido sequestradas durante o ataque terrorista do Hamas, no dia 7 de setembro.

— Eles são apenas alguns dos menores de idade e bebês que não causaram o mal, mas foram vítimas dele — disse.