Rio de Janeiro

Capelli estuda a criação de força-tarefa entre estado e governo federal

A força-tarefa, proposta pelo governador Cláudio Castro, tem como objetivo asfixiar financeiramente as quadrilhas

Cappelli chegou à capital fluminense ainda pela manhã - Isaac Amorim/MJSP

Secretário executivo do Ministério da Justiça, Paulo Capelli, estuda a criação de um grupo de inteligência coordenado pela Casa Civil e a Secretaria de Fazenda do estado do Rio para atuar em conjunto com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal e a Receita Federal no combate aos crimes financeiros praticados pelas organizações criminosas do tráfico e da milícia.

A força-tarefa, proposta pelo governador Cláudio Castro, tem como objetivo asfixiar financeiramente as quadrilhas.

Após o ataque de milicianos na Zona Oeste do Rio, na segunda-feira, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que a ação criminosos é uma “clara ameaça à autoridade do Estado”. Em entrevista na manhã desta terça-feira, ele classificou o caos vivido pela população como uma “situação inaceitável”.

Cappelli chegou à capital fluminense ainda pela manhã e se reunirá com o governador Cláudio Castro à tarde, para discutir o projeto da Força Nacional no estado.

Desde que foi fortalecida a parceira entre o governo federal e o Rio, o secretário-executivo vem comentado casos de repercussão que aconteceram na cidade do Rio, como a execução de três médicos na Barra da Tijuca e a prisão de quatro policiais e um advogados por tráfico de drogas.

O secretário-executivo participou na manhã desta terça de um evento da Polícia Federal no Centro. Assim como o governador Cláudio Castro avaliou, Cappelli disse não ser necessária uma intervenção federal no Rio. Como a Força Nacional está atuando no estado há pouco mais de uma semana, Cappelli avalia que ainda é cedo para avaliar mudanças na atuação:

"A gente está completando uma semana do início do nosso reforço no Rio de Janeiro, então é cedo para a gente rever um planejamento que ainda está em curso. A gente vai fazer hoje a primeira reunião de monitoramento. Esta semana acabam de chegar os homens da Polícia Federal com tecnologia, com equipamentos. Então, está cedo ainda, não tem uma semana. Claro que o que aconteceu ontem, é gravíssimo, e isso a gente leva em conta no planejamento que está construindo, executando. Vamos avaliar hoje à tarde", disse Capelli.