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Hamas x Israel: dez comandantes de grupos terroristas foram mortos durante a guerra; veja lista

Ações fazem parte de ofensiva após ataque, sofrido no início deste mês, pelo Hamas

Hamas x Israel: dez comandantes de grupos terroristas foram mortos durante a guerra - Reprodução

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e a Shin Bet, agência de segurança interna do país, afirmam ter matado o comandante do Batalhão Khan Younes do Hamas, Taysir Mubasher, após um ataque aéreo na Faixa de Gaza. Ele teria servido como chefe das forças navais do grupo, e ocupado cargos relacionados com a fabricação de armas.

“Mubasher tem vasta experiência militar e como comandante, dirigindo ataques terroristas, e é considerado próximo de Mohammed Deif, comandante da ala militar do Hamas”, afirmou a IDF em comunicado publicado nesta quarta-feira em conjunto com a Shin Bet.

As FDI dizem que Mubasher esteve por trás do ataque mortal de 2002 à academia pré-militar de Atzmona em Gush Katif, entre outros ataques contra as forças das FDI quando Israel controlava a Faixa de Gaza antes de 2005, e a infiltração do Hamas em Israel através da praia de Zikim em 2014.

Com a morte, Israel afirma ter executado dez lideranças de grupos terroristas desde o início da ofensiva do país contra o grupo extremista Hamas, que invadiu o território israelense no último dia 7.

Relembre outros mortos
Antes mesmo de qualquer operação por terra contra Gaza, os ataques aéreos de Israel contra o Hamas eliminaram nove integrantes da cadeia de comando de grupos armados palestinos, aponta o cruzamento das informações divulgadas pelas Forças Armadas de israelenses e por fontes ligadas ao grupo terrorista. A contagem aumentou nesta quinta-feira, com a confirmação, por fontes dos dois lados da fronteira, das mortes de Rafat Harev Hossein Abu Halal e Jehad Mheisen, em bombardeios lançados nas últimas 24 horas.

Segundo as Forças Armadas israelenses, Rafat Harev Hossein Abu Halal era o comandante da ala militar dos Comitês de Resistência Popular de Gaza, uma coalizão de grupos armados palestinos considerada terrorista pelo Estado Judeu que se opõe a abordagens conciliatórias com Israel. Ele teria sido morto durante um bombardeio em Rafah, no sul de Gaza, coordenado pelo Shin Bet, o serviço de segurança interno do país.

Israel não confirmou o momento exato da morte de Abu Halal, limitando-se a dizer que o bombardeio em questão aconteceu nas últimas 24 horas, quando outros ataques foram lançados contra o território de Gaza. A Força Aérea divulgou imagens dos ataques e detalhou ter eliminado outros alvos terroristas e infraestrutura usada pelo grupo.



A morte de Jehad Mheisen foi anunciada por uma agência de notícias alinhada ao Hamas, e repercutida por veículos internacionais como Reuters e Haaretz. Conforme a fonte palestina, Mheisen era chefe do serviço de segurança interna do enclave palestino, uma organização paramilitar. A morte foi confirmada pelo governo de Gaza, que disse que membros da família do general também foram vítimas do ataque.

Israel declarou guerra ao Hamas e prometeu destruir o grupo após o ataque terrorista de 7 de outubro. Desde então, uma campanha intensa de bombardeios já deixou mais de 3,2 mil mortos em Gaza, a maioria civis, segundo autoridades do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Israel justifica as perdas humanas dizendo que os terroristas usam a população civil como escudo-humano e diz selecionar os alvos a partir de relatos de inteligência.

Em meio às centenas de bombardeios, alguns parecem ter ferido a cadeia de comando palestina. Na terça-feira (23), o Hamas confirmou a morte de Ayman Nofal, comandante das Brigadas Al Qassam, o braço armado da facção. Em um breve comunicado, o grupo palestino afirmou que Nofal foi morto durante um ataque “sionista” no campo de refugiados de Bureij. Segundo as Forças Armadas israelenses, ele era ex-chefe de Inteligência Militar do Hamas, sendo uma das figuras com maior poder no grupo, e teria planejado o sequestro do soldado Gilad Shalit, capturado pelo Hamas em 2006 e trocado em 2011 pela soltura de mais de mil prisioneiros palestinos.

Dias antes, no sábado (21), o Exército israelense anunciou ter neutralizado Ali Qadi, comandante de uma unidade da força de elite das forças Nukhba, diretamente envolvida no ataque terrorista de 7 de outubro, que deixou mais de 1,3 mil mortos. Qadi já havia sido preso em Israel, em 2005, pelo sequestro e assassinato de um israelense, mas foi um dos palestinos trocados com Gaza pelo soldado Shalit.



Também no sábado (21), os militares israelenses disseram ter eliminado Merad Abu Merad, considerado o chefe do sistema aéreo do Hamas. Segundo o Exército israelense, Murad também teve "grande participação" e coordenou os terroristas no massacre do dia 7.

Ainda de acordo com Israel, também foram mortos:
Muetaz Eid: Comandante do Distrito Sul de Segurança Nacional do Hamas

Zachariah Abu Ma'amar: Chefe do escritório de Relações Internacionais do braço político do Hamas

Joad Abu Shmalah: Ministro da Economia da gestão do Hamas na Faixa de Gaza

Belal Alqadra: Comandante da força de comando 'Nukhba' (elite) do Hamas em Khan Younis