Caso Aldeia

Defesa de Danilo Paes diz que réu e irmão não ouviram nada na noite do crime; acusação rebate

Sentença deve sair ainda na tarde desta quarta-feira (25)

Danilo Paes da Silva e advogado Rafael Nunes - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

A expectativa é que o resultado do julgamento do engenheiro Danilo Paes Rodrigues, de 28 anos, seja proferido ainda na tarde desta quarta-feira (25). O júri popular acontece no Fórum de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.

Segundo a defesa de Danilo, ele foi interrogado, durante a sessão, sobre onde ou o quê estava fazendo na madrugada do dia 31 de maio de 2018, quando o cardiologista Denirson Paes foi morto pela esposa, Jussara Rodrigues, esquartejado, carbonizado e lançado numa cacimba.

A questão central do júri é se Danilo teve ou não participação no crime. Segundo o advogado Rafael Nunes, o réu estava em casa, mas o fato não indica a atuação do cliente no assassinato.

“Ele foi muito seguro e os jurados perceberam isso, e nada ficou sem resposta. Danilo falou que estava no imóvel no dia do fato, mas não tem culpa. Nem ele e nem o irmão ouviram nada. Danilo demonstrou que tinha uma relação de amor com o pai e tinha Denirson como referência”, disse.

O assistente de acusação do Ministério Público de Pernambuco, Carlos André Dantas, rebateu as palavras de Rafael Nunes. Ele assegura que Danilo estava acordado na hora do crime e havia efetuado troca de mensagens minutos antes da morte do pai.

“Pela lógica dos autos, ele estaria acordado no momento do crime, porque ele falou no WhatsApp, dizendo que iria se alimentar, fazer a digestão e tomar um remédio. Foi num horário muito próximo do crime”, explicou.

A imprensa não tem acesso à sessão presidida pela juíza Marília Falcone. As informações foram repassadas por meio das duas partes (defesa e acusação), durante o intervalo concedido aos participantes do júri, que deverá ser de uma hora.