EUA enviam caças F-16 para o Oriente Médio em reforço a advertência ao Irã; saiba outras armas na re
Porta-aviões e sistema antimísseis americanos já foram deslocados para a área; tropas foram avisadas para se prepararem para "atender ordens"
Um esquadrão de caças F-16 chegou, nesta terça-feira, na área de responsabilidade do Comando Central dos Estados Unidos, que cuida das operações militares americanas no Golfo Pérsico e outras áreas do Oriente Médio e Ásia. A medida vem dias após o envio do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower para a mesma região, uma movimentação de advertência ao Irã, que apoia o grupo terrorista Hamas no conflito com Israel.
Os territórios de Israel e da Palestina, onde a guerra acontece, ficam na área do Comando Europeu dos EUA, outro órgão das Forças Armadas americanas. Em nota, o Departamento de Defesa dos EUA afirma que, desde o dia 7 de outubro, quando teve início a ofensiva do grupo palestino contra Israel, "mílicias apoiadas pelo Irã atacaram, em mais de uma dúzia de ocasiões, forças dos EUA que conduziam missões de contraterrorismo no Iraque e na Síria".
— Sabemos que os grupos que conduzem esses ataques são apoiados pela Guarda Revolucionária Islâmica e pelo regime iraniano. O que estamos vendo é a chance de uma escalada mais significativa contra as forças e o pessoal dos EUA em toda a região, num prazo muito curto, vindo de forças atuando a favor do regime iraniano e, em última análise, do próprio Irã — disse o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, em coletiva de imprensa nesta terça-feira.
De acordo com o Departamento de Defesa, o objetivo da movimentação é proteger tropas americanas na região.
Além do esquadrão de caças F-16 e do porta-aviões USS Eisenhower, uma batéria antimísseis denominada Defesa Terminal de Área de Alta Altitude e um sistema antimísseis Patriot também foram enviados para a área do Comando Central. Tropas adicionais dos EUA foram avisadas para se prepararem para "atender ordens", acrescentou Ryder.
Inicialmente, o USS Eisenhower seria enviado para o leste do Mediterrâneo, nas proximidades da Palestina e Israel, como já havia sido feito com o USS Gerald Ford, o mais poderoso dos porta-aviões americanos. No entanto, no último final de semana, a alteração de destino foi anunciada pelo Pentágono.
A nota divulgada pelo Departamento de Defesa afirma ainda que o governo americano mantém seu foco em "apoiar o direito de Israel de se defender dos ataques de terroristas". No entanto, o órgão destaca que continua preocupado "com a possibilidade de algumas partes tentarem escalar o conflito em Israel para um conflito maior no Oriente Médio ou aproveitar a oportunidade para atacar as forças americanas".
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, alertou o Irã que os Estados Unidos responderiam "decisivamente" a qualquer ataque de seus representantes, à medida que as tensões aumentam com a guerra entre Israel e Hamas.
— Os Estados Unidos não buscam um conflito com o Irã. Não queremos que essa guerra se amplie. Mas se o Irã ou seus representantes atacarem o corpo de funcionários dos EUA, em qualquer lugar, não se engane: defenderemos nosso povo - defenderemos nossa segurança - de forma rápida e decisiva — alertou Blinken.