GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Líbano tem quase 29 mil deslocados por violência na fronteira com Israel, diz ONU

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, há tiroteios quase diários na área de fronteira entre o Hezbollah libanês e o Exército israelense

Nuvem de fumaça cobre o sol durante um incêndio florestal que começou após bombardeios israelenses no sul do Líbano, perto da fronteira com o norte de Israel - AFP

Quase 29.000 pessoas foram deslocadas no Líbano desde o início da violência na fronteira com Israel, de acordo com novos números divulgados nesta sexta-feira (27) por uma agência das Nações Unidas.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamista palestino em solo israelense, em 7 de outubro, há tiroteios quase diários na área de fronteira entre o Hezbollah libanês, um aliado do Hamas, e o Exército israelense.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou em um relatório que a escalada na fronteira israelense-libanesa deslocou 28.965 pessoas, principalmente no sul do Líbano, que faz fronteira com Israel.

A OIM destacou que o aumento é de 37% no número de pessoas deslocadas desde o seu último relatório, divulgado na terça-feira (21.000 pessoas deslocadas).

Muitos dos deslocados reuniram-se com familiares ou alugaram apartamentos em zonas mais remotas, no norte e no centro do país. Outros foram para abrigos na cidade costeira de Tiro e na região de Hasbaya (sudeste).

Em Israel, foi ordenada a evacuação de dezenas de cidades.

Pelo menos 58 pessoas morreram no lado libanês, segundo uma contagem da AFP, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também pelo menos quatro civis, incluindo o jornalista da Reuters Issam Abdallah.

O Exército israelense relatou quatro mortes, incluindo um civil.

O ataque do Hamas deixou pelo menos 1.400 mortos em Israel, a maioria deles civis, segundo autoridades israelenses.

Em retaliação, Israel lançou uma campanha de bombardeios sem trégua contra a Faixa de Gaza. Segundo o Hamas, que governa este território desde 2007, mais de 7.300 pessoas, a maioria delas civis e incluindo mais de 3.000 crianças, morreram nesses ataques.