guerra no oriente médio

Netanyahu chama de "propaganda psicológica cruel" o vídeo com reféns difundido pelo Hamas

Vídeo divulgado pelo movimento palestino Hamas, três mulheres aparecem como reféns detidas desde o ataque de 7 de outubro

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu nesta segunda-feira (30) como "propaganda psicológica cruel" o vídeo divulgado pelo movimento palestino Hamas, no qual três mulheres aparecem como reféns detidas desde o ataque cometido em Israel, em 7 de outubro.

"Esta é uma propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS", disse Netanyahu em declarações divulgadas pelo seu gabinete, relacionando o movimento islâmico palestino ao grupo jihadista Estado Islâmico. "Penso em Yelena Trupanov, Danielle Aloni e Rimon Kirsht, que foram sequestrados pelo Hamas [...]. Nossos corações estão com vocês e com todas as outras pessoas sequestradas", acrescentou.

O vídeo de 76 segundos foi transmitido pelo Hamas com o título: "Vários detidos sionistas enviam uma mensagem a (Benjamin) Netanyahu e ao seu governo". As três mulheres podem ser vistas sentadas em cadeiras de plástico, e a do meio apela ao primeiro-ministro israelense para que ele faça um acordo pela libertação de todos os reféns.

Vários meios de comunicação de Israel publicaram uma captura do vídeo, mas indicaram que não o transmitiriam na íntegra porque as falas delas teriam sido conduzidas pelo Hamas.

No domingo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, acusou o grupo terrorista de "manipulação psicológica" sobre os reféns. De acordo com a última avaliação das autoridades israelenses, ao menos 239 pessoas foram sequestradas pelo Hamas e estão detidas em Gaza.

Em Israel, familiares fazem pressão para que Tel Aviv engaje em negociações com os terroristas e criaram o movimento "Bring the back" ("Traga-os de volta", em tradução do inglês).