Banco Central

Haddad anuncia Paulo Pichetti e Rodrigo Teixeira para o BC

Indicados serão analisados pelo plenário do Senado Federal

Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira - Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (30) a indicação de dois novos diretores para o Banco Central, que devem assumir a partir de 01 de janeiro de 2023. Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira foram indicados, respectivamente, para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos e a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Com os novos nomes, serão quatro diretores nomeados pelo presidente Lula no total de nove cadeiras na cúpula do BC, incluindo o chefe da instituição.

Fernanda Guardado e Maurício Moura, indicados na gestão de Bolsonaro, estão deixando a cúpula do BC. A diretoria de Internacional é geralmente ocupada por nomes de fora da casa, com passagens por bancos ou instituições de ensino, enquanto a diretoria de gestão de Riscos é tida como uma cadeira interna.

O ex-número 2 do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo assumiu em julho a diretoria de Política Monetária — área chave para o embasamento técnico das decisões sobre juros. Já o servidor de carreira Ailton Aquino assumiu a diretoria de Fiscalização.

Os indicados ao BC devem ser sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e aprovados pelo plenário da Casa.

Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e adiantou a ele o perfil técnico dos indicados. Pacheco sinalizou que daria celeridade ao processo de pautar as indicações.

Apesar do Senado ter rejeitado, na quarta-feira (25), a indicação de Igor Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU), as indicações ao BC não devem correr o mesmo risco.

Perfis conservadores
Os diretores que estão deixando o BC votaram contra a redução de 0,50 ponto percentual da taxa de juros em agosto - a primeira queda em cerca de três anos.

Além disso, a diretora Fernanda Guardado foi um dos dois votos, em meados de 2022, para o aumento da Selic para 14% ao ano.

O primeiro semestre foi marcado por críticas de Lula e aliados ao Banco Central, com pressão direta sobre o presidente Roberto Campos Neto. Integrantes da Fazenda buscaram apresentar um tom moderado ao mencionar a atuação do BC. O foco de atenção estava na Selic em 13,75% ao ano, desde agosto de 2022. Atualmente, a taxa de juros está em 12,75%.

O que faz a diretoria de Assuntos Internacionais?

O que faz a diretoria de Relacionamento e Cidadania?

Atual composição