DJ alemã: o que se sabe até agora da morte da refém do Hamas
Família e autoridades israelenses confirmaram a informação; presidente de Israel diz a jornal alemão que jovem foi decapitada
Desaparecida há três semanas, a DJ Shani Louk teve a morte confirmada nesta segunda-feira por familiares e autoridades do governo israelense. A jovem germano-israelense foi raptada pelo grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro, quando estava em um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza.
Em uma rede social, familiares da DJ compartilharam a notícia da morte na manhã desta segunda-feira. A informação também foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel que, em uma publicação no X (antigo Twitter), lamentou a perda, afirmando que ela viveu "horrores insondáveis" enquanto esteve sob o domínio do Hamas.
Ao jornal alemão Bild, o presidente de Israel, Yitzchak Herzog, afirmou que autoridades israelenses encontraram o crânio da jovem, o que, para ele, indica que a DJ tenha sido decapitada por integrantes do Hamas.
— Lamento informar que recebemos agora a notícia de que Shani Nicole Louk foi confirmada como assassinada, e o crânio dela foi encontrado — afirmou Herzog ao Bild. — Isto significa que estes animais bárbaros e sádicos simplesmente cortaram a sua cabeça enquanto atacavam, torturavam e matavam israelitas. É uma grande tragédia e apresento as minhas mais profundas condolências à sua família.
No entanto, poucos dias após o ataque do Hamas em território israelense, a mãe da jovem, Ricarda Louk, disse que ela teria dado entrada no Hospital Indonésio, localizado ao norte da Faixa de Gaza, conforme reportou a revista alemã Der Spiegel no dia 11 de outubro. Shani teria tido um grave ferimento na cabeça e estaria com quadro de saúde crítico. As informações chegaram à família, ainda de acordo com a revista, através de um amigo da família que mora da região.
Na Alemanha, tios da jovem afirmaram ao programa alemão ZDF heute que o governo local teria ignorado os pedidos de ajuda de parentes para descobrir o paradeiro da jovem de 23 anos.
— Estamos inquietos e totalmente decepcionados porque o governo federal não se sente responsável. Um [funcionário] do Ministério das Relações Exteriores disse que não teve tempo porque precisava remarcar voos. Isso me deixa com muita raiva — afirmou Orly Louk, tia da jovem.
Logo após ter sido raptada pelo Hamas, a mãe de Shani afirmou que o vídeo que mostrava o corpo de uma mulher seminua na traseira de uma caminhonete conduzida por integrantes armados do grupo terrorista era sua filha de 23 anos. Em imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver que uma pessoa chega a cuspir no corpo. Desde então, a família dava a jovem como desaparecida.