Futebol

Pregando "pacificação" no Náutico, Alexandre Asfora lança candidatura à presidência

Com a chapa intitulada "Gestão e Paixão pelo Náutico", o ex-vice-presidente social do Timbu terá Diego Rocha como vice do grupo

Alexandre Asfora e Diego Rocha, candidatos da chapa "Gestão e Paixão pelo Náutico" - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Nem situação, nem oposição. Creditando-se como “independente”, Alexandre Asfora realizou nesta terça (31), em um restaurante na Zona Norte do Recife, o lançamento oficial da candidatura para a presidência do Náutico para o biênio 2024-2025, em votação que acontecerá dia 12 de novembro, nos Aflitos. Com a chapa intitulada “Gestão e Paixão pelo Náutico”, o ex-vice-presidente social do Timbu terá como vice o secretário executivo de administração e licitações da Prefeitura do Recife, Diego Rocha.

"O torcedor pode esperar muita dedicação, seriedade, profissionalização do nosso clube tanto no futebol como nas demais áreas. Eu acho que isso é o que mais importa neste momento. A gente vem conversando com o Gilberto Corrêa para que ele possa assumir o cargo de vice-presidente de futebol. Através dele, vamos direcionar toda a reestruturação do futebol, com a contratação de um ou dois executivos de futebol. Junto com Rodolfo Moreira, eles escolherão o melhor treinador para a nossa equipe e daí partir para a montagem de um elenco", afirmou Alexandre, que indicou que quatro atletas estão no radar para permanecerem no Timbu em 2024: os laterais Diego Matos e Rennan Siqueira, além dos atacantes Ribamar e Maxwell. 

Além de Gilberto, o candidato contou que pretende ter em sua gestão nomes que trabalham atualmente no mandato da situação, com o presidente Diógenes Braga. São eles Luiz Gayão, que poderia permanecer no posto da vice-presidência jurídica, e Luiz Filipe Figueiredo, vice-presidente que seria o “homem da SAF” de Alexandre Asfora.

Alexandre também contou que, nos últimos dias, teve contato com o ex-presidente e também candidato à presidência pela chapa da situação, Edno Melo, e com Plínio Albuquerque, que estava apoiando anteriormente o grupo encabeçado por Bruno Becker e Tatiana Roma. O candidato citou que a ideia é “pacificar e não rachar o Náutico”.

Histórico de bate-chapa

O Náutico terá pela oitava vez na história um bate-chapa para decidir o próximo mandatário do Executivo. Os dois primeiros foram em 1978 e 1979. Em ambos os casos, apenas conselheiros puderam votar no pleito. João de Deus Ribeiro ganhou nos dois anos contra Virgínio Cabral de Melo e José Ventura, respectivamente.

A terceira vez que houve bate-chapa no Náutico foi em 2009, com vitória de Berillo Júnior contra Paulo Alves. Na eleição seguinte, em 2011, o Timbu apresentou uma novidade: a votação teve participação dos sócios pela primeira vez na história. Com quase 70% dos votos, Paulo Wanderley, que representava a situação, venceu Marcílio Sales e Paulo Henrique.

A eleição de 2013 marcou a primeira vitória da oposição em uma eleição bate-chapa do Náutico. Com mais de 70% dos votos, Glauber Vasconcelos derrotou Marcílio Sales, Alexandre Homem de Melo e Alberto Souza, em pleito com o maior número de candidatos até o momento e maior participação de associados.

Disputa mais apertada

Conhecida como a eleição mais acirrada da história do Náutico, a disputa de 2015 teve Marcos Freitas como ganhador, superando Edno Melo por apenas dez votos. O eleito, porém, deixou o cargo pouco tempo depois, com o vice, Ivan Brondi, assumindo o posto. 

Brondi, porém, renunciou em 2017. Na ocasião, Edno Melo, derrotado na eleição anterior, foi aclamado presidente. Mesmo cenário de 2019, com a reeleição e sem bate-chapa. As últimas eleições presidenciais do Náutico aconteceram em 2021. Diógenes Braga, então vice-presidente na gestão de Edno, venceu Plínio Albuquerque e Bruno Becker. Em 2023, porém, o atual mandatário optou por não tentar a reeleição.

Ao todo, 4.089 associados do Náutico estão aptos a votar no pleito. Além da chapa de Alexandre, estão inscritos outros dois grupos: “Náutico do Futuro”, encabeçado por Edno Melo e Pablo Vitório, além de “Todos pelo Náutico”, que tinha anteriormente Aluísio Xavier e Waldir Mendonça, mas que, após impugnação do primeiro e renúncia do segundo, teve a formação alterada para Bruno Becker e Tatiana Roma como postulantes a presidente e vice, respectivamente.