Sequestrador ancião tinha "rancor" por agência de correios onde manteve duas reféns no Japão
As duas reféns da agência dos correios saíram ilesas após oito horas de sequestro
A polícia japonesa investiga o que levou um idoso armado de 86 anos a manter duas mulheres como reféns por várias horas em uma agência dos correios, serviço contra o qual, segundo a imprensa local, guardava "rancor".
Tsuneo Suzuki foi detido na terça-feira à noite no município de Warabi, perto de Tóquio. Antes do sequestro, ele supostamente incendiou sua casa e atirou em um hospital.
Duas pessoas ficaram feridas no hospital em Saitama. As duas reféns da agência dos correios saíram ilesas após oito horas de sequestro.
A imprensa local afirmou que Suzuki guardava "rancor" do serviço postal e estava irritado com um médico que trabalha no hospital.
Suzuki tinha uma arma amarrada com um cordão no pescoço, além de duas facas, um recipiente de 18 litros e duas garrafas com um líquido não especificado, segundo vários meios de comunicação, incluindo o canal de televisão Asahi.
A polícia o prendeu depois que uma refém foi libertada e a outra conseguiu escapar sozinha.
A imprensa afirma que o idoso admitiu ter incendiado o apartamento em que morava sozinho.
Os vizinhos o descreveram como uma pessoa amigável. "Nunca vi uma arma ou algo perigoso em sua casa", disse um amigo do idoso ao jornal Asahi Shimbun.
No Japão, mais de 10% da população tem 80 anos ou mais. Uma parte crescente desta população idosa vive sozinha e perde contato com os parentes.
Os crimes violentos são incomuns no Japão, que registra uma taxa de homicídios pequena e que tem uma das legislações mais severas do mundo sobre armas.
O país, no entanto, registrou vários ataques recentemente, incluindo o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, atingido por um tiro de uma arma de fogo de fabricação caseira durante um discurso de campanha eleitoral no ano passado.
Em abril, o atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi alvo de um ataque com um artefato explosivo improvisado, também durante um comício. O chefe de Governo saiu ileso, mas duas pessoas ficaram levemente feridas.