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Os riscos de roer a unha: vídeo impressionante viraliza mostrando as bactérias ingeridas

Entre os riscos de roer as unhas estão infecções estomacais e até mesmo desgaste do esmalte dos dentes

Vídeo viralizou nas redes sociais - Reprodução/ TikTok

Com a ansiedade e o estresse atingindo níveis nunca vistos antes, um hábito que muitas pessoas adquirem é roer as unhas. A maioria deixa de lado após muita insistência da família e dos amigos falando para parar porque é nojento. Quem nunca ouviu a avó falando que iria colocar pimenta na unha para não roer.

Pois ela esta certa. Além de ser um hábito ruim, podendo causar fissuras no estômago, se caso engolir alguma unha pontiaguda, por exemplo, é nojento. E um vídeo impressionante postando no TikTok e que tem viralizado entre as pessoas, comprova isso.

O vídeo mostra alguém tirando um pedaço da sujeira debaixo da unha e colocando sob um microscópio, muitas coisas nojentas podem ser vistas — incluindo bactérias semelhantes a vermes, que na verdade são as bactérias que ficam escondidas debaixo da unha e que não são visíveis. Confira o vídeo:

@maxnascimento1991

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som original - ellen

A oftalmologista Saya Nagori, fundadora da Eye Facts , uma plataforma educacional dedicada à saúde ocular e preservação da visão, disse ao Daily Star disse que além da queratina, que pode se esconder debaixo da unha de uma pessoa, também pode ter micróbios indesejados, como: Staphylococcus, Streptococcus e E. coli, , encontrada também em alimentos, como verduras, não higienizadas corretamente que causam diarreias, e a também já conhecida salmonela. As outras, se ingeridas em grandes quantidades, podem causar desde uma infecção no sistema digestório e crises de diarreia a doenças como herpes, sapinho e faringite.

Além disso, o hábito pode provocar feridas nos cantos dos dedos, lesões, resultando em inchaços, pus, sangramento, vermelhidão, e que podem evoluir para fissuras, deslocamento da unha ou até mesmo uma infecção nos ossos.

Outros riscos com a pratica levam a uma deformação nos dentes ou desgaste prematuro, além de poder mudar a formação e posição dentária, afetando a mordida.

má-oclusão (fechamento correto entre os dentes superiores e inferiores), bruxismo, alterações na mandíbula e lesão nas gengivas, também estão entre as ameaças. Outro problema relacionado ao intestino é o aumento da produção do suco gástrico, o que levaria a episódios e crises de refluxos.

Causas e tratamento
Segundo especialistas, o ato de roer as unhas é uma manifestação comum de ansiedade. A pratica também pode estar relacionada a doenças da mesma família do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Para estes casos especialmente é necessário consultar um especialista que dará um diagnóstico e tratamento certo para cada tipo de ansiedade ou transtorno. A terapia cognitiva, por exemplo, aliada a exercícios que garantem o relaxamento como ioga e meditação, são bons aliados para descobrir a raiz do problema e tratá-lo da forma correta.

Os médicos também orientam que, principalmente para as pessoas que roem as unhas, estar com elas cortadas bem curtas, podem inibir o hábito, bem como usar esmaltes com gosto amargo ou até mesmo fazer trabalhos manuais artísticos que estimulem à criatividade e mantém o cérebro com atenção em outras coisas, o que também diminui a ansiedade. Mascar chiclete sem açúcar pode dificultar o ato de roer as unhas e cutículas e ser uma alternativa.

Substituição de hábito
A estratégia sugerida por especialistas, chamada "substituição de hábito", ajudou 53% dos participantes de um novo estudo. A pesquisa sugeriu aos pacientes que em vez de mordiscar, cutucar ou puxar a pele com agressividade, podiam tocar nela suavemente, esfregando levemente as pontas dos dedos, a palma da mão ou a parte de trás do braço, pelo menos duas vezes ao dia.

"A regra é apenas tocar seu corpo levemente. Se você está sob estresse, pode realizar os movimentos mais rapidamente, mas não com mais pressão autoaplicada", explica o principal autor do estudo, Steffen Moritz, chefe do grupo de trabalho de neuropsicologia clínica do University Medical Center Hamburg-Eppendorf, na Alemanha, à NBC News.

Cerca de 5% pessoas no mundo inteiro são afetadas pelo transtorno do comportamento repetitivo focado no corpo, um transtorno obsessivo compulsivo e distúrbio relacionado. O hábito de roer unhas é muito comum, e os rastros deixados por ele incomodam e podem até mesmo criar machucados.

Para isso, o estudo chefiado por Steffen, incluiu 268 pessoas. Todos os pacientes sofriam com a tricotilomania. Os membros do grupo de controle foram informados de que estavam em uma lista de espera para tratamento, que receberam após o término do estudo. Já o restante das pessoas aprenderam como formar um hábito substituto por meio de um manual e de um vídeo.

De acordo com o artigo, 80% das pessoas no grupo de tratamento disseram estar satisfeitas com o treinamento.