ELEIÇÃO NOS EUA

Os pré-candidatos das eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2024

Além dos dois grandes favoritos, Joe Biden e Donald Trump, nomes como Ron DeSantis e Robert Kennedy Junior irão disputar as eleições presidenciais em novembro de 2024

Candidatos à presidência nos EUA - Robyn Beck/AFP

Além de Joe Biden e Donald Trump, os dois grandes favoritos, uma dezena de pré-candidatos, entre governadores, empresários e até um sobrinho de John Fitzgerald Kennedy (JFK), anunciaram que desejam disputar as eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro de 2024.

A seguir, uma lista dos pré-candidatos à Casa Branca a 12 meses das eleições.

Joe Biden 
O atual presidente anunciou no fim de abril que é candidato à reeleição com o objetivo de trabalhar em particular para a parte do país "esquecida", deixada de lado pela globalização.

Seu índice de popularidade continua baixo, mas seu principal problema não é este, e sim a idade.

Os americanos nunca haviam dado a vitória a um presidente de idade tão avançada e nunca se viram na posição de entregar as chaves da Casa Branca a alguém até os 86 anos.

Donald Trump 
Apesar dos quatro indiciamentos, o ex-presidente supera com folga nas pesquisas os demais pré-candidatos republicanos, o que significa que é bastante provável que o partido o escolha para enfrentar Joe Biden em 2024.

O ex-empresário de 77 anos, que venceu as eleições de 2016, está em campanha eleitoral e chama de "caças às bruxas" as investigações iniciadas contra ele por questões financeiras, supostas pressões eleitorais em 2020 ou má gestão dos arquivos da Casa Branca.

Ron DeSantis 
Alguns republicanos, no entanto, depositam as esperanças na candidatura do governador da Flórida, Ron DeSantis, que para alguns representa a próxima geração do Partido Republicano.

Mas a popularidade do ex-oficial da Marinha está em queda nas pesquisas desde que ele entrou na disputa, no final de maio.

Governador da Flórida desde 2018, o político de 45 anos se destacou por comentários ultraconservadores sobre educação e imigração.

Nikki Haley 
Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley é a única mulher nas primárias republicanas, que começam em janeiro.

Nunca renegou ter integrado a equipe de Donald Trump, mas criticou abertamente a ofensiva pós-eleitoral sobre uma suposta fraude que nunca foi comprovada.

Durante os debates republicanos, ela estabeleceu distância dos rivais com uma posição mais moderada sobre o aborto.

Vivek Ramaswamy 
Ele fez fortuna no setor de biotecnologia e descreve os ativistas ambientais como uma "seita religiosa". Aos 38 anos, o novato no mundo da política espera que o seu discurso provocativo e incisivo o impulsione até Washington.

Ramaswamy gosta de ser considerado um "Trump 2.0" e aparece em quarto lugar nas pesquisas para as primárias republicanas.

Robert Kennedy Junior 
Sobrinho do presidente assassinado JFK e filho de Robert F. Kennedy, também assassinado quando era candidato, "RFK" Jr se apresenta como candidato independente.

Ele é um advogado especializado em questões ambientais, famoso por divulgar teorias da conspiração, em particular sobre as vacinas.

O nome Kennedy nas cédulas pode retirar votos tanto dos democratas como dos republicanos, algo nada trivial em uma eleição que pode ser decidida por poucos votos.

Os demais 
A democrata Marianne Williamson é a única outra pré-candidata do partido, mas as chances da escritora parecem muito pequenas.

Entre os republicanos também anunciaram aspirações presidenciais o governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, o senador Tim Scott e os ex-governadores Asa Hutchinson e Chris Christie, todos com índices reduzidos nas pesquisas.

O intelectual Cornel West, que participou no movimento "Occupy Wall Street" em 2011, também se presenta como candidato independente. e