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Em entrevista à youtuber, Luísa Sonza admite pela primeira racismo com advogada

Cantora disse que demorou a reconhecer que sua postura preconceituosa com a advogada Isabel Macedo era injúria racial

Em entrevista à youtuber Dellamake, Luisa admitiu o caso de racismo - Reprodução/Youtube

No programa da youtuber Bianca DellaFancy, em que faz maquiagem de drag queens em famosos enquanto conversa, a cantora Luísa Sonza admitiu, pela primeira vez, que teve postura preconceituosa com a advogada Isabel Macedo. 

Na entrevista, além de admitir que ainda sente ciúmes do ex-marido, Whindersson Nunes, a artista comentou sobre o processo de injúria racial movida contra ela. 

Luisa fechou acordo na Justiça com Isabel Macedo, encerrando o processo. A cantora confirmou que teve atitude racista com a advogada, em 2018. “Eu tive muita dificuldade de entender no começo, por eu ser uma pessoa branca e não viver isso na pele".

"Tive que estudar muito e entender profundamente, li muito, conversei muito. É muito importante a gente pegar isso, tirar dessa nuvem e falar, não é isso, é importante que tragam isso pra mim”, disse ela, que admitiu ter se arrependido de sua postura racista", disse a cantora.

“Eu cometi esse erro, e me arrependo profundamente. Óbvio que não foi uma coisa intencional, mas a gente comete isso diariamente”, justificou. “Eu gostaria muito de ter aprendido isto antes. (…) Não é uma coisa muito falada, porque fica muito no tabu, eu tive esse período [de negação] até aceitar que realmente eu cometi um ato racista”, assumiu a cantora.

Confira a entrevista:

Entenda o caso
Em 2018, Isabel Macedo viajou sozinha para Fernando de Noronha em  seu aniversário. Em entrevista ao site Notícia Preta, ela relatou o que aconteceu: "Era meu aniversário, e eu tinha viajado sozinha. Estava dançando, me divertindo e aproveitando a festa. Por um acaso, parei atrás da Luísa. No evento tinha vários famosos, mas nem sabia quem era ela. Nunca tinha ouvido falar. Foi então que ela virou, bateu no meu ombro e disse: 'Pega um copo d’água pra mim?'. Eu respondi que não tinha entendido, ela repetiu a frase e completou 'Você não trabalha aqui?'" 

"A branquitude sempre nos enxerga nessa posição de serviçal? Por que nos entendem como pessoas que só podem servi-los, mas nunca como pessoas que podem consumir, viver e viajar como eles?", desabafou Macedo.