RIO DE JANEIRO

Final da Libertadores: Força Nacional e mais de 2 mil PMs reforçam segurança no entorno do Maracanã

Movimentação faz parte do conjunto de estratégias para evitar confusão como a da última quinta-feira

Confusão envolvendo torcedores - reprodução/vídeo X

A Polícia Militar montou um planejamento para reforçar a segurança e evitar conflitos entre integrantes das torcidas organizadas do Fluminense e Boca Juniors, que disputam a final da Libertadores neste sábado, no Maracanã, às 17h. O esquema de policiamento será feito com 2.240 agentes no entorno do estádio e apoio da Força Nacional, além da escolta do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) para as torcidas se deslocarem e serviço de inteligência para acompanhar as movimentações pelas redes sociais.

A movimentação faz parte do conjunto de estratégias para evitar confusão como a da última quinta-feira, que terminou com sete torcedores conduzidos para a delegacia e quatro feridos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O primeiro tumulto de quinta-feira aconteceu na praia de Copacabana. O local foi palco de uma briga entre torcedores do Boca Juniors e do Fluminense, em frente a "FanZone" da Conmebol. A confusão, que teve início por volta das 17h, teria começado com uma briga entre torcedores argentinos e tricolores. A Polícia Militar precisou intervir com balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os torcedores. Dois argentinos e um brasileiro, foram conduzidos à 12 ª DP.

No início da noite, um novo tumulto teve início na Av. Atlântica. Durante a confusão, a PM usou gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Quatro pessoas deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Siqueira Campos, também em Copacabana, com reações ao gás. Cinco torcedores argentinos e um brasileiro foram levados para 13ª DP.

Para evitar outros conflitos entre as torcidas, o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) fará a escolta dos torcedores desde o ponto de origem até o Maracanã. O deslocamento de público também recebera reforço na segurança nos trens, barcas e metrô.O policiamento nesses espaços será realizado por militares dos batalhões de área e agentes do Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer), do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur).

A Força Nacional de Segurança atua apoiando a PM até a próxima segunda-feira. Os agentes ajudarão com reforço na região de Copacabana e no Sambódromo. A tropa federal auxiliará a PM nos 24 pontos de bloqueio no Maracanã e na escolta ao time argentino.

O policiamento também será reforçado na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde estão localizados os centros de treinamento do Fluminense e também do Vasco da Gama, que será utilizado pela equipe do Boca Juniors. E na Barra da Tijuca, já que as delegações, membros da equipe de arbitragem e autoridades internacionais estarão hospedadas na região.

Circulação no entorno do estádio restrita aos torcedores
O entorno do Maracanã ficará interditado a partir das 6h na manhã. Segundo a PM, haverá 24 pontos de bloqueio na região, onde agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE) farão abordagem aos torcedores para verificar a presença de ingresso. Apenas quem tiver o comprovante conseguirá acessar a área restrita ao público que assistirá ao jogo.

Câmeras e monitoramento da PRF
A PM também informou que todos os policiais do BEPE estarão com as câmeras corporais portáteis em seus respectivos uniformes e que Policiais do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar (GAM) vão realizar um patrulhamento aéreo com aeronave e drones em todo o perímetro de segurança do estádio.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez o monitorando a entrada de ônibus transportando torcedores argentinos para solos brasileiros. Nesta sexta-feira chegou, pelo menos, outros nove coletivos de torcedores. A PRF acompanhou os nove veículos até o Terreirão do Samba, no Centro do Rio.