Canárias

Quatro mortos após chegada em massa de migrantes ao arquipélago das Canárias

No total, 254 migrantes se localizaram a bordo, todos eles em bom estado de saúde

Ilhas Canárias espanholas - Pixabay

Quatro migrantes morreram e mais de 700 foram resgatados na madrugada deste sábado, quando quatro embarcações foram localizadas nas costas da ilha de El Hierro, no arquipélago das Canárias, na Espanha, informaram os socorristas.

Duas das quatro embarcações foram localizadas na noite de sexta-feira e seguidas até o porto de Restinga, no sul desta pequena ilha de 11.000 habitantes, segunda a mesma fonte.

No total, 254 migrantes se localizaram a bordo, todos eles em bom estado de saúde, detalharam os socorristas na rede social X, antigo Twitter. Nenhum grupo havia menores de idade.

Uma terceira embarcação foi resgatada na manhã deste sábado com 238 migrantes a bordo. Treze deles foram hospitalizados, sendo que de dois morreram apesar de receberem atendimento, informaram os socorristas.

Uma quarta e última embarcação foi resgatada com 247 migrantes a bordo. Dois deles morreram quando os socorristas chegaram e um terceiro foi hospitalizado.

Estas chegadas ocorreram quando as autoridades das Canárias emitiram um alerta meteorológico, devido ao vento forte e às ondas que podem atingir “5,5 metros de altura”, segundo a mesma fonte.

A rota das Ilhas Canárias para chegar à Europa é perigosa e muitas vezes mortal, mas nas últimas semanas registou um recorde na chegada de migrantes devido ao reforço dos controlos no Mediterrâneo.

Segundo os últimos números do Ministério do Interior espanhol, entre 1º de janeiro e 31 de outubro chegaram ao arquipélago 30.705 migrantes, mais do dobro do número registado no mesmo período de 2022.

Entre eles, quase um quarto chegou a El Hierro, que recentemente se tornou a principal porta de entrada para Espanha por mar, já que os migrantes procuram evitar-se o máximo possível das costas africanas para evitar a guarda costeira.

Este número de chegadas, que ultrapassa amplamente a capacidade de acolhimento desta pequena ilha de 268 km2, obriga as autoridades a transferir centenas de migrantes para outras ilhas do arquipélago.