Operação para retirar ex-ditador de Guiné da prisão deixou nove mortos
Entre os mortos estão três supostos criminosos, quatro integrantes das forças de segurança e duas pessoas que estavam em uma ambulância, aparentemente civis
Nove pessoas morreram nesse sábado (4) na capital de Guiné, Conacri, durante uma operação em que homens armados retiraram o ex-ditador Moussa Dadis Camara da prisão, informou o Ministério Público nesta segunda-feira.
Entre os mortos estão três supostos criminosos, quatro integrantes das forças de segurança e duas pessoas que estavam em uma ambulância, aparentemente civis, segundo um balanço provisório divulgado pelo procurador Yamoussa Conte.
Na manhã de sábado (4), homens armados atacaram a prisão central de Conacri e levaram Moussa Dadis Camara e outros três detentos - os quatro estão sendo julgados atualmente por um massacre executado em 2009, durante o governo de Dadis Camara.
Três réus, incluindo o capitão Dadis Camara, foram recapturados no mesmo dia, mas ainda não foi explicado se eles fugiram ou foram retirados da prisão contra sua vontade, como alegam os advogados.
Um quarto homem, Claude Pivi, que também está entre os principais acusados do processo, continua foragido.
Os disparos da operação de comando inicialmente suscitaram temores de um golpe de Estado, mas o Estado-Maior do Exército rapidamente declarou sua lealdade ao atual governo e pediu calma à população.
Dadis Camara é acusado de assassinato, tortura, estupro e sequestro durante a repressão, em 28 de setembro de 2009, de uma manifestação da oposição nos subúrbios de Conacri.