ERRO

Candidato é preso por engano durante prova do Enem em escola no Recife

Homem, identificado como Marcos Antonio Gomes da Silva, disse que a situação vivenciada foi "constrangedora"

Marcos Antonio Gomes da Silva, disse que a situação foi "constrangedora" - Reprodução/TV Globo

Um candidato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi preso por engano e em seguida liberado, no Recife, no domingo (5), enquanto fazia a prova. Ele estava na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro da Brasília Teimosa, Zona Sul da Capital pernambucana, quando foi retirado da sala.

Em nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (6), a Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) informaram que cruzamento de dados entre a corporação e o Inep identificou o mandado de prisão em aberto de uma pessoa inscrita no Enem.

A SDS disse que, como o Centro Integrado de Comando e Controle Estadual para acompanhamento da realização do Enem estava na ativa, a Polícia Militar foi requisitada para dar cumprimento ao mandado.

A PM, no entanto, encontrou divergência nos dados de filiação que constavam no mandado judicial e, por isso, o candidato foi liberado pelo delegado de plantão.

"As diligências seguiram, e foi verificado que o CPF do candidato com filiação divergente possui um alerta junto ao sistema de procurados e impedidos da Polícia Federal oriundo da Justiça estadual da Paraíba, motivo pelo qual ainda estão sendo realizadas diligências. Maiores informações serão repassadas oportunamente", explicou a PF.

Além do mandado que foi cumprido erroneamente na escola na Brasília Teimosa, o cruzamento de dados feito por PF e Inep levou ao cumprimento de um mandado de prisão em aberto na Faculdade Alpha, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.

Em todo o Brasil, foram registradas 15 prisões durante o primeiro dia de provas do Enem, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Em entrevista à TV Globo, o candidato, identificado como Marcos Antonio Gomes da Silva, disse que a situação vivenciada foi "constrangedora". 

"Estou desestabilizado. Várias pessoas presenciaram a situação, e, até que se prove o contrário, as pessoas têm um olhar negativo. Espero que a Justiça tome as medidas cabíveis e que haja uma reparação", afirmou.