RIO DE JANEIRO

No primeiro dia da GLO no Rio, passageiros relatam abordagem normal no Aeroporto do Galeão

Presença de militares da Aeronáutica não é percebida nos terminais

Veículo da Marinha do Brasil no Ro de Janeiro - Tomaz Silva/Agência Brasil

A presença de militares da Aeronáutica no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, na Zona Norte do Rio, não é percebida por quem chega ou parte. Nesta segunda-feira (6), primeiro dia de atuação das forças armadas pela Garantia da Lei e da Ordem (GLO), válida até maio de 2024, apenas viaturas da Polícia Federal eram vistas estacionadas na entrada do Terminal 2, assim como batedores do Exército, que informaram estar no aeroporto para escoltar autoridades internacionais para um congresso, sem relação com a GLO.

— Saí normalmente do avião. Passei normalmente, não teve revista, foi tudo tranquilo. Nada fora do comum — detalhou o pastor Valdevan Lucas Melo, de 29 anos, que chegou de Brasília.

Já uma família carioca que chegou de viagem da Argentina no fim da manhã informou ter encontrado os agentes de praxe, da Polícia Federal, no desembarque, sem abordagem da Aeronáutica.

A equipe do Globo percorreu as áreas de embarque e desembarque do aeroporto durante a manhã desta segunda-feira e também não encontrou com militares fardados ou viaturas posicionadas. Funcionários do aeroporto também afirmaram não tê-los visto.

Tal cenário é diferente do visto nesta manhã no Porto do Rio, por exemplo, que começou a receber equipes da Marinha. Serão aproximadamente 823 agentes nos acessos do Porto do Rio e no patrulhamento interno dele, além de vistorias de navios e embarcações na Baía de Guanabara. Nesta segunda-feira, três embarcações blindadas patrulhavam a baía e dois veículos blindados vistoriavam o pátio estavam próximo ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão é um dos representantes fluminenses sob o guarda-chuva do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), do último dia 1º. Assim como o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o Galeão terá atuação da Aeronáutica, em ação que visa fortalecer o combate ao tráfico de drogas e armas. Os militares também terão poder de polícia nos portos do Rio e de Itaguaí, além das baías de Guanabara e de Sepetiba. O Porto de Santos e o Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, também estão abarcados pelo decreto.

Uma portaria assinada pelo ministro da Defesa, José Múcio, determinou à Aeronáutica que designe um Comando Operacional Singular para “emprego dos meios necessários” nas ações na área de responsabilidade do Galeão e de Guarulhos.

Procurada, a concessionária RioGaleão explica que não tem informações sobre essa ação do governo federal. Já a Aeronáutica não enviou um posicionamento até o fechamento desta reportagem.