"Compromisso fiscal do governo é total", afirma Alckmin
Vice-presidente diz que déficit pode ser 0% ou 0,5%: "É uma questão ainda a ser discutida"
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (6) que o "compromisso fiscal" do governo é "total". Após reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, Alckmin se pronunciou sobre a possível alteração da meta fiscal.
Segundo ele, o tempo exato para zerar o déficit não é o mais importante para tratar da "responsabilidade" do governo com o orçamento.
Sob pressão, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estuda mudanças na meta em decorrência da previsão de uma arrecadação menor.
Desde o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o plano de Haddad era zerar o déficit em 2024, o que já não é visto como provável até mesmo pelo presidente.
— O governo tem compromisso com o arcabouço fiscal. O que o presidente Lula colocou é que, num momento de cenário mundial de menor crescimento, mais preocupante, você precisa ter uma preocupação com os brasileiros, com os trabalhadores, com aqueles que precisam mais. Então, essa é a preocupação, num momento de cenário mundial mais complexo, ter essa preocupação com a rede de proteção social e para com o trabalhador brasileiro. Mas o compromisso fiscal do governo é total — disse Alckmin.
Ele acrescentou que ainda haverá um aprofundamento da discussão para bater o martelo sobre eventual alteração da meta.
— O governo tem compromisso com responsabilidade fiscal. Se você vai fazer o ano que vem, vai demorar mais seis meses, se vai ser 0%, 0,5%, é uma questão ainda a ser discutida. Mas o esforço todo será na linha de zerar o déficit fiscal e depois ter superávits fiscais sucessivos — disse Alckmin.