Chuvas deixa quatro mortos e milhares de afetados em Honduras e Guatemala
A região mais prejudicada é o vale de Sula (norte), coluna vertebral da economia do país
As fortes chuvas que caíram, esta semana, em Honduras e na Guatemala deixaram pelo menos quatro mortos e milhares de afetados, principalmente em enchentes e abrasões de terra nos dois países, informaram fontes da Defesa Civil nesta terça-feira (7).
Em Honduras, um comunicado da estatal Comissão Permanente de Contingências (Copeco) revelou que, nos últimos dias, as chuvas deixaram três mortos, 35.315 afetados, 2.095 evacuados e 1.632 pessoas em abrigos.
Além disso, em consequência das chuvas intensas, um total de 114 comunidades estão incomunicáveis, assim como 15 casas foram destruídas e 823 foram afetadas de alguma forma.
A região mais prejudicada é o vale de Sula (norte), coluna vertebral da economia do país, onde as cheias dos caudalosos rios Ulúa e Chamelecón obrigaram os organismos a resgatar a evacuar milhares de pessoas e levá-las para abrigos ou casas de parentes.
Já na Guatemala, um porta-voz da Coordenadoria estatal para a Redução de Desastres (Conred), Rodolfo García, disse que as chuvas deixaram um morto, 33.300 pessoas afetadas, 331 em albergues, 34 casas com danos leves e 14 com graves danos no nordeste e noroeste do país.
As inundações ocorrem principalmente nos departamentos de Izabal, no Caribe, e de Alta Verapaz (norte), detalhou.
Além das inundações, as chuvas provocaram transbordamento de rios, enxaquecas de lama e perfurações de terra que afetaram 44 estradas do país.
De acordo com a Conred, essa estação chuvosa, que começa em maio e termina em novembro, deixou 59 pessoas mortas, 12 desaparecidas, 4,2 milhões de afetados, 23.007 evacuadas e 1.206 que foram para abrigos. Além disso, 395 estradas foram danificadas e cinco destruídas, 50 pontes foram afetadas e 15 destruídas.
No ano passado, os incidentes relacionados à chuva deixaram 67 mortos, dez desaparecidos, 41 feridos, 6,2 milhões de pessoas afetadas e 70.024 evacuadas.
Na Costa Rica, a Comissão Nacional de Emergência (CNE) informou nesta terça-feira “mais de 60 incidentes por inundações”, especialmente no cantão de Cartago, com 400 casas danificadas.
Todos os anos, a estação chuvosa, entre maio e novembro, causa bolsas e até centenas de mortes na América Central, uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas.