Polícia investiga estupro coletivo de adolescente de 15 anos; segundo suspeito é identificado
Um homem, de 20, já está preso. Outro, de 22, será intimado. Dona da casa onde crime aconteceu também foi presa
A delegada Mônica Areal, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, disse que apura como crime de estupro coletivo o caso de uma adolescente, de 15 anos, que estava desacordada, e foi submetida a um ato sexual praticado por dois homens, na última sexta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A delegada que prendeu um dos suspeitos, de 20 anos, revelou já ter identificado o segundo suspeito de participar da violência sexual. Ele será intimado para prestar depoimento nos próximos dias. A dona da residência onde o crime aconteceu também foi presa.
Ela não estava em casa no momento do crime, mas o celular dela teria sido usado pela filha para guardar o material gravado com imagens do estupro. Além das duas prisões e da identificação de mais um suspeito, a polícia apreendeu dois adolescentes: uma jovem e um rapaz que estavam na mesma residência onde a vítima sofreu o abuso sexual.
Com eles, os investigadores encontraram imagens de X. durante o ato a que foi submetida. As cenas teriam sido compartilhadas nas redes sociais. Segundo a delegada, não há dúvida da participação dos dois jovens, de 20 e 22 anos, no estupro coletivo.
— Não há qualquer dúvida. O vídeo deixa claro o que aconteceu. Não há dúvida de que houve um estupro coletivo — disse a delegada.
O crime tem pena prevista de até 30 anos de prisão, em caso de condenação. Já os dois menores apreendidos responderão por armazenamento de imagens de cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente.
A adolescente que sofreu o estupro coletivo foi ouvida na Deam, nesta quarta-feira (8), por uma policial especializada no atendimento de vítimas de abuso. Ela já havia prestado depoimento anteriormente, quando o caso foi registrado inicialmente na 58ª DP (Posse).
Na noite desta segunda-feira, as investigações foram transferidas para a Deam. Já nesta terça-feira, a delegada solicitou à justiça a decretação da prisão temporária de um dos suspeitos. O pedido foi atendido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e ele foi preso, nesta quarta-feira.
Um dia antes, ele chegou a ser ouvido na especializada. O suspeito também usou as redes sociais para alegar que a relação teria sido consensual e que ele havia passado dos limites "na brincadeira". Ao RJ TV, a delegada Mônica Areal disse que, na realidade, ocorreu um crime grave.
"É um crime dos mais sérios. A vítima não tinha a menor condição de se defender. O que vemos no vídeo é uma pessoa desacordada. Não há brincadeira, há estupro", disse a delegada durante a entrevista.
Segundo Mônica Areal, o segundo suspeito tem 22 anos, e já respondeu por crime de receptação. A polícia já sabe que jovem de 15 sofreu o estupro coletivo e, uma casa do Bairro Vila de Cava, em Nova Iguaçu. A residência seria o local onde mora uma amiga de X.