TEATRO

Festival Recife do Teatro Nacional: edição tem início no próximo dia 16; confira programação

22ª edição do festival reúne 28 espetáculos e montagens nacionais e inéditas no Recife

"Enquanto Godot não vem" integra programação de espetáculos do Festival Recife de Teatro Nacional - Divulgação/Festival Recife de Teatro Nacional

Entre os próximos dias 16 e 26 de novembro, a capital pernambucana será tomada pelo teatro em mais uma edição do Festival Recife do Teatro Nacional.

Serão apresentados 28 espetáculos distribuídos em 15 locais - com pelo menos 13 montagens nacionais inéditas por aqui.

Além dos espetáculos, que incluem também produções locais, o festival - que traz para a edição o tema "Teatro e Democracia", e é realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de cultura Cidade do Recife - terá também ações formativas.

Os teatros de Santa Isabel, Parque, Apolo e Hermilo Borba Filho, além do Barreto Júnior e Luiz Mendonça, vão ser ocupados pela programação do festival - que homenageia Newton Moreno, premiado autor e diretor, e André Filho, um dos fundadores da Companhia Fiandeiros, encenador, ator, músico, diretor musical e dramaturgo - falecido há pouco tempo - são os homenageados da edição.

Newton Moreno, um dos homenageados da edição do Festival | Crédito: Divulgação/Festival Recife de Teatro Nacional



Mercados públicos da cidade, como os de São José e o de Afogados, e bairros do Recife, a exemplo de Água Fria e Casa Amarela, também servirão como palcos do festival.

O acesso às apresentações será gratuito ao público, inclusive os que foram exibidos nos teatros, com ingressos distribuídos uma hora antes do início - mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.

Oficinas
A etapa formativa da 22ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional é o que vai abrir a programação - com cinco oficinas gratuitas que serão ministradas entre os próximos dias 15 e 23 de novembro.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link.

Produções locais                                                                  
A produção cênica local ganhará destaque na edição, com espetáculos já consolidados e com as boas-novas de outras montagens, como “Miró: Estudo nº 2”, do grupo Magiluth - cuja estreia no Recife ocoerreui no último mês de maio.

“Se eu fosse Malcom”, “Ao Paraíso”, “Solo para um Sertão Blues”, “Auto da Barca do Inferno”, “Enquanto Godot não vem”, “O Irôko, a Pedra e o Sol”, além de “Vento Forte para Água e Sabão”, do Grupo Fiandeiros, também integram a programação, entre outros espetáculos. 

"Ao Paraíso" | Crédito: Divulgação/ Festival Recife de Teatro Nacional

E nos dias 22 e 24, haverá duas sessões de leitura dramatizada com atores e grupos recifenses, celebrando outros formatos e sentidos cênicos: “Justa”, com texto de Newton Moreno, encenado por Fabiana Pirro e Ceronha Pontes e “O Sonho de Ent”, com texto de André Filho, encenado pela Cia Fiandeiros.

Nacionais e Inéditos
A peça inaugural do festival, será  “Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)” - musical carioca da Sarau Cultura Brasileira, com direção de André Paes Leme, inspirado no livro de João Ubaldo Ribeiro. 

O espetáculo tem no Recife sua primeira parada após estreia nacional. Pelo menos 30 músicas originais compostas por Chico César estão reunidas na apresentação, que tem direção musical e trilha original de João Milet Meirelles - da banda Baiana System.

O Grupo Galpão, coletivo mineiro participante de várias edições do festival, também desembarca na cidade.

Para a edição atual, serão apresentados dois espetáculos inéditos: “De Tempo Somos”, musical que celebra a história da companhia, e “Cabaré Coragem” - uma trupe envelhecida e decadente, em números de dança e variedades, que reafirma a arte como lugar de identidade e permanência, apesar das intempéries e revezes.

Já o Morro da Conceição, Zona Norte da cidade, e a Av. Rio Branco, no Bairro do Recife, servirão de cenário para outro grupo cativo no Festival: o Clows de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, que apresenta nessa edição uma sátira política: “Ubu - O que é bom tem que continuar.

“Tatuagem”, musical político da paulistana Cia da Revista, também celebra a força da produção cultural e cênica pernambucana, adaptando para o teatro o premiado filme homônimo do pernambucano Hilton Lacerda.

Para os Pequenos
Na programação do Festival serão apresentadas montagens nacionais inéditas para o público infantil, entre elas “Pelos Quatro Cantos do Mundo”, da Cia Teatral Milongas, do Rio de Janeiro, que mostra a jornada de uma criança síria refugiada em busca do pai.

Outras estreias dedicadas às pequenas plateias são “Boquinha: E assim surgiu o mundo”, do Coletivo Preto, da Bahia, com texto do ator Lázaro Ramos, que convida a refletir sobre a o universo, sua origem e sua grandeza; e “A.N.J.O.S”, da Cia Nau de Ícaros, de São Paulo, espetáculo de dança e circo.

Serviço
22º Festival Recife do Teatro Nacional

Quando: de 16 a 26 de novembro
Onde: em teatros, espaços públicos e pelas ruas do Recife
Acesso gratuito, mediante entrega de um quilo de alimento não perecível

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 16 (quinta-feira)

19h - Abertura + “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira, (RJ), no Teatro do Parque

 

Dia 17 (sexta-feira)

12h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de São José

19h - “Viva o povo brasileiro (De Naê a Dafé)”, da Sarau Cultura Brasileira (RJ), no Teatro do Parque

20h - “Se eu fosse Malcom”, de Eron Villar e DJ Vibra (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

20h - “De tempo somos”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça.

 

Dia 18 (sábado)

16h - “Vento forte para água e sabão” (infantil), do Grupo Fiandeiros (PE), no Teatro do Parque

18h - “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (RJ), no Teatro Apolo

18h - “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça

20h - “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro Santa Isabel

 

Dia 19 (domingo)

16h - “Sueño”, da Heroica Companhia Cênica (SP), no Teatro de Santa Isabel

16h - “Enquanto Godot não vem”, da Cia 2 em Cena (PE), no Teatro Barreto Júnior

17h - “O Irôko, a Pedra e o Sol”, do grupo O Poste Soluções Luminosas (PE), no Teatro do Parque

18h - “Azira’i”, solo da indígena Zahy Tentehar (MA), no Teatro Apolo

18h - “Cabaré Coragem”, do Grupo Galpão (MG), no Teatro Luiz Mendonça

 

Dia 20 (segunda-feira)

19h - “Miró: Estudo nº 2”, do Grupo Magiluth (PE), no Teatro do Parque

19h - “Deslenhar”, do grupo Teatro Miçanga (PE), na área externa entre os teatros Hermilo e Apolo

20h - “Órfãs de Dinheiro”, solo de Inês Peixoto (MG), no Teatro Apolo

 

Dia 21 (terça-feira)

20h - “Alguém para fugir comigo”, do Resta 1 Coletivo (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 22 (quarta-feira)

10h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Afogados

17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), no Morro da Conceição

18h - Leitura dramatizada “Justa”, com Fabiana Pirro e Ceronha Pontes, na Faculdade de Direito

19h - “Yerma - Atemporal”, de Simone Figueiredo e Paulo de Pontes (PE), no Teatro do Parque

20h - “Pedras, flor e espinho”, do grupo ACA Produções Artísticas (PE), no Teatro de Santa Isabel

 

Dia 23 (quinta-feira)

10h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Água Fria

17h - “Ubu - O que é bom tem de continuar”, do Grupo Clows de Shakespeare (RN), na Avenida Rio Branco

19h - “Auto da Barca do Inferno”, da Cênicas Cia de Repertório (PE), no Teatro do Parque

21h - “Solo para um Sertão Blues”, de Cláudio Lira (PE), no Teatro Apolo

21h - “Narrativas encontradas numa garrafa pet”, do Grupo São Gens de Teatro (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 24 (sexta-feira)

11h - “Grande Prêmio Brazil”, de Andréa Veruska e Wagner Montenegro (PE), no Mercado de Casa Amarela

15h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior

19h - Leitura dramatizada “O Sonho de Ent”, da Cia Fiandeiro (PE), na sede da companhia (Rua da Saudade, 240, Boa Vista)

20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo

21h - “Ao Paraíso”, de Valécio Bruno (PE), no Teatro Hermilo Borba Filho

 

Dia 25 (sábado)

15h - “Boquinha: E assim surgiu o mundo” (infantil), do Coletivo Preto (BA), no Teatro Barreto Júnior

17h - “A.N.J.O.S” (infantil), da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça

17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel

18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho

19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque

20h - “Contestados”, da Cia Mútua Teatro e Animação (SC), no Teatro Apolo

 

Dia 26 (domingo)

16h - “Céu estrelado” (infantil), do grupo Pedra Polida (PE), no Teatro Apolo

17h - “A.N.J.O.S”, da Cia Nau de Ícaros (SP), no Teatro Luiz Mendonça

17h - “Pelos quatro cantos do mundo” (infantil), Cia Teatral Milongas (RJ), no Teatro de Santa Isabel

18h e 20h - “Interior”, do Grupo Bagaceira (CE), no Teatro Hermilo Borba Filho

19h - “Tatuagem”, Cia Revista (SP), no Teatro do Parque