MUSICA

RDB tem primeiro show no Brasil marcado por nostalgia, troca de looks e 'confissão' de Christian Chá

Mais de 46 mil pessoas estiveram no Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, para receber o grupo após hiato de mais de 15 anos; eles repetem o show nesta sexta-feira (10), no mesmo local

'Soy Rebelde Tour', do grupo RBD - Reprodução / Twitter

Mais de quinze anos após o último show do RBD, banda que nasceu na trama dá série "Rebelde", Anahí, Dulce María, Christopher von Uckermann, Maite Perroni e Christian Chávez estão de volta para uma turnê comemorativa que chacoalha os anos 2000 que moram em cada um de nós. A passagem da "Soy Rebelde Tour 2023" pelo Brasil começou nesta quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, numa noite quente e de céu limpo no Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, Zona Norte da cidade. Nesta sexta-feira (10), a banda repete o feito no mesmo local antes de seguir viagem para São Paulo, onde se apresenta no Morumbi, domingo (12) e segunda (13).

As 46.500 pessoas que estiveram no estádio foram dedicadas, dispostas a abraçar a nostalgia que o RBD inspira. O público, formado em sua maioria por mulheres, vestiu uniforme completo. O traje que prevaleceu incluía a camisa branca de botão, a gravata vermelha e a saia colegial (que pode variar de cor de acordo com a temporada), marcas da série exibida pelo SBT no Brasil entre 2004 e 2006. Os adereços também eram vendidos por ambulantes do lado de fora do estádio. Camisas da turnê comemorativa custavam, em média, R$ 50.

Antes que a banda entrasse no palco, o público já cantava a plenos pulmões todas as músicas ligadas à série que eram tocadas nas caixas de som do estádio. Às 20h50, quando as luzes se apagaram, uma gritaria histérica dava pista do que estava por vir. Eis que Anahí, Dulce María, Christopher, Maite e Christian surgem triunfais no palco, todos juntos, suspensos num plataforma guinchada. "Tras de mí" e "Um poco de tu amor" foram as primeiras canções da noite, para o delírio de uma plateia completamente entregue aos ex-colegiais, agora quarentões.

Cheio de brilho, o figurino dos integrantes homenageava quase sempre o Brasil. No primeiro bloco, de torso desnudo, Christian usava uma espécie de cinturão alto que estampava a nossa bandeira. Depois, foi a vez de Anahí, num top exuberante. Ao longo do show, aliás, foram várias as trocas de roupa dos cinco. No telão, muitos closes de cada um dos cantores. Não é, definitivamente, o tipo de show em que os músicos têm qualquer protagonismo.

"Hoje vamos acessar nossa criança interior", disse Anahí para a plateia em êxtase. "Vamos liberar o nosso sonho preso há 15 anos", completou a cantora. O RBD, então, entrou numa sequência de peso para os fãs: "Así soy yo", "Cuando el amor se acaba" e "Fuego", cantadas por Anahí, Maite e Dulce Maria, respectivamente.

Depois foi a vez de Christopher. Num momento piegas, o ator que dava vida ao personagem heterotop Diego Bustamente pediu paz "para todas as partes do mundo" e avisou que "juntos, somos amor". Sozinho ao piano, executou "Inalcanzable". Talvez tenha sido o momento de menos euforia entre a plateia.

Após a terceira troca de roupas, os cinco andam abraçados até a ponta do palco que se aproxima da público. Cantam, aparentemente emocionados, o medley que vai de "Tenerte, quererte" a "Para olvidarte de mi", passando por "Me voy" e "Yo no puedo olvidarte". Aplausos. Mas a galera foi mesmo ao delírio com "Ensenãme", um dos grandes hits do RDB. O show se encaminhava para a metade.